domingo, 26 de agosto de 2012

Vichy- Cavilam- Final

1 mês longe de casa e do Brasil.
Bom, vou fazer algumas considerações finais sobre a minha estadia aqui em Vichy.

  • Vale muito a pena vir pra cá antes de começar mesmo a estudar. Não exatamente Vichy, mas digo ir para o país de destino. Aprendi e melhorei infinitamente meu francês por aqui. É aquela história de quando a água bate na bunda. Estando aqui, você é obrigado a falar a língua, se acostuma a escutá-la, pega alguns traquejos e ganha confiança para falar.
  • Até agora minha comunicação foi em francês, salvo quando a outra pessoa ainda não falava direito, então eu falava em inglês. Não que esteja de boa, mas dá pra me virar tranquilo.
  • O Cavilam é uma escola boa, mas ele não vai ter ensinar muitas coisas. Maioria das vezes você sente que ele é muito parado, que dava pra correr mais com as matérias.
Sala de Aula
  • Recomendo fortemente vir pra cá com um nível razoável de francês. O básico de uma língua é o mesmo em qualquer lugar, com a diferença que você no Brasil tem um professor que sabe sua língua e pode te ajudar mais facilmente. Ainda mais se vier só pra estudar o francês. Juro, tem umas pessoas que chegam aqui em saber porra nenhuma, ficam umas 2 semanas se comunicando em inglês, e voltam pra casa do mesmo jeito que vieram.
  • Pensar em vir pra cá e fugir dos brasileiros é impossível. Para qualquer cidade e escola que você pensar em ir, vai ter um monte de brasileiros, e quanto mais barato, mais barasileiros. Pra mim ainda é tipo uma válvula de escape... falar um pouco de português para não sobrecarregar o sistema.
  • Ficar em casa de família é essencial. Não sei quanto custa ficar em um studio, mas não vale a pena. Aqui você pode realmente viver a cultura francesa, com todas suas viadagens quanto às refeições, além de conviver com um falante nativo, que pode te auxiliar no aprendizado e treinar o speaking e o listening.
  • Dei uma sorte absurda com a escolha da família. Não que as outras famílias do pessoal são ruins, mas é que a minha é espetacular. Sabe, a Nathalie faz as coisas por gosto, não pelo dinheiro. Recebe todo o pessoal de braços abertos. Totalmente contra a imagem do francês não acolhedor e fechadão. Fez minha festa, deu presentes...
  • A cidade de Vichy em si é muito paradona. Não é igual às pequenas cidades do Brasil, mas não tem muitas coisas pra fazer. Os melhores rolês são aqueles que a galera marca. Mesmo assim a cidade tem um monte de monumentos e construções muito bonitas. Já foi até capital da França durante o tempo que ela foi invadida pela Alemanha durante a 2a Guerra.
  • Latinos são os melhores para fazer festa.
  • Ser brasileiro e descendente de japonês é engraçado. Não tem uma pessoa que não desconfia, olha torto, quando eu falo que sou brasileiro. A minha vantagem é que eu sou negão, dae os orientais me estranham: "aquele cara lá não vem do meu país", e não vem falar comigo na língua deles. Um dia ainda vou tentar chegar falando nada com nada, pra ver a reação huahuahuauha
  • É verdade que os orientais estudam pra caralho. Nunca tem lugar pra estudar na biblioteca do Cavilam. E só tem oriental por lá.
  • Conheci gente do mundo inteiro nesse mês. México, Itália, Espanha, Inglaterra, China, Coreia, Japão, Alemanha, Sérvia, Rússia, Ucrânia, Venezuela, Chile, EUA, Austrália, Suécia, Suíça, Azerbaijão... Muito legal a interação que tem por aqui.
Ateliê
  • Jogar bola com gente do mundo inteiro é animal. Pensar e jogar bola ao mesmo tempo às vezes não rola. Geralmente sai tudo em português mesmo, instintivo. "Ladrão!" "Vira a bola!" "Gol!"
  • Orientais vão dominar o mundo. Não deveria contar nosso segredo, mas voilà: tamo mandando gente pra todas as partes do mundo, aprendendo a cultura e a língua. O Brasil foi um dos primeiros... Ai quando o chefão apertar o botão, atacaremos.
  • Foi minha primeira experiência de ter um quarto só pra mim. Sem ter o meu irmão roncando do lado. huauhauhhua (viu Dani?! Só fui ter um quarto só pra mim com 20 anos...)
  • Só pra não perder o costume: franceses dirigem muito mal. Talvez seja por isso que dirigem devagar. Tem medo do que eles mesmo podem fazer. Baliza aqui é um show a parte. Tão nem ai mesmo.
  • Sim, é verdade a história do queijo e vinho. Têm um papel importante na refeição dos caras.
  • Saudades assim mesmo, acho que mais da carne de boi. No sábado comi aqui, mas sei lá, não é igual. Também sinto falta do meu carrinho, poder ir pra onde eu quiser, quando eu quiser e não gastar energia pra fazer isso hahauhahua De resto é como se eu tivesse de férias, viajando, ainda.

Dia 27/8, segunda-feira, parto finalmente à Lyon. Primeira semana é de recepção dos alunos estrangeiros. Ainda não sei quando começam as aulas de verdade, mas não to muito preocupado com isso não hahahaha

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