sábado, 18 de janeiro de 2014

OktoberFest 2013

E mais uma vez (a terceira), fui pra Munique. Segunda OktoberFest. Dessa vez muito mais experientes.

Foi junto eu, o Guegs (terceira vez dele também), o André, o Ronaldo e o Marcel, alemão que estuda aqui na Centrale também.

Tava eu, o Guegs e o André pra ir, mas não tinha gente pra fechar um carro. A maioria dos bixos que queriam ir, mas não podiam faltar as aulas da sexta, então não iam com a gente, que saía na quinta. O Ronaldo era o único que podia ir antes e o Marcel entrou com a gente também. Alemão e nunca tinha ido na Oktober. Alugamos um carro pela Avis, que nem a gente tinha feito pra viajar pela França e fomos. Detalhe que a gente alugou um carro tipo Meriva e pegou um C-Max.
Hacker-Pschorr
Na estrada começou o Guegs e eu fiquei pro final. Tivemos que pagar uma taxa pra ter um adesivo, na entrada da Suiça, que é tipo um pedágio anual que a gente paga. A boa parte foi que agora a gente estava com um alemão e sabia o que significavam as placas, ou seja, sabia quando que podia andar à velocidade infinita nas famosas Autobahn.
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Chegamos mais de meia noite no acampamento, que já tinha fechado. Lá na frente tinha uns alemães que conversaram com o Marcel e falaram que eles iam deixar o carro fora, entrar com as barracas e no dia seguinte entrar com o carro. Encontramos um lugar e dormimos.
Spaten
Dia seguinte acordamos cedo, fizemos check-in e fomos pra festa. Por ser sexta-feira, estava relativamente vazia a festa e conseguimos entrar de boa na tenda da Hacker-Pschorr. O bom de tá com um alemão é que ele ensinou as músicas pra gente e fez a tradução. Fica mais da hora a festa.
Uma hora eles quiseram mudar de tenda e a gente foi pra outra, da Spaten. Nessa tenda o que foi da hora é que na mesa do lado tinha uma família e ficaram lá olhando pra gente. Ai eu, já feliz, fui lá e brindei com eles, falando as coisas em alemão que o Marcel tinha me ensinado. Dae, do nada, veio uma das velhas que tavam nessa mesa e me virou meia caneca de chopp na minha, porque eles tavam indo embora. Que perigo! Ainda nessa tenda eu fiquei conversando com dois casais de velhos do Canada. Tiramos foto e eu mandei pra eles depois hahahaha
Canadenses
O ruim é que depois das 15h todas as mesas tem reserva e a gente saiu da tenda e não conseguiu entrar em mais outra. Rodamos um tempo lá tentando entrar, mas não conseguimos. Dae fomos prum supermercado, compramos umas coisas e ficamos lá. Até que eu, bêbado, fiquei puto e resolvi voltar pro acampamento. Idiota. Foda é que o metrô lá passa um milhão de trens, um pra cada lado. Peguei trem na direção errada, e depois até passar o certo demorou. Depois quando foi pra pegar o bus, não conseguia pegar, porque o ponto tava lotado e entre passar o próximo, uma nova leva de pessoas chegava. Passou uns 3 ônibus até que o pessoal apareceu e conseguimos pegar hahahahaha

Centraliens na Oktober
No dia seguinte, sábado, os bixos chegaram em 2 carros. Uma galera dormiu no carro perto do acampamento e o resto na casa de alguém em Munique. Nos encontramos na tenda da HofBräu. Achamos por bem que eles tinham que conhecer essa.
Taissa, Etienne e Marina
Uma coisa muito engraçada é que apareceu um amigo da Marina, da Poli e foi lá na nossa mesa. Ai eu olhei pra ele e falei: "eu conheço esse cara". Ai demorei um tempo pra lembrar de onde era. Ai quando ele foi embora eu virei pra Marina: "eu conheço ele". Ela: "não, não conhece". "O nome dele é Flávio". Ele estudou comigo na pré-escola, no Primeiro Mundo. Não mudou nada hahahahaha Fui lá falar com ele e tal. Imagina, fazendo Poli, do meu ano, e não sabia.
Flávio
Quando deu 15h, tivemos que sair da tenda, de novo. Tentamos entrar em outras, mas nem rolou. Ai deu mó role, a Marina ia encontrar uns amigos, e foi todo mundo junto. Só que não dá pra encontrar ninguém ali hahaha Sem celular e com um milhão de pessoas... No final o Marcel achou um lugar que pagava uns 3 euros pra entrar e era a única garantia que ia ter uma tenda pra gente ficar. Entrou todo mundo e ficamos lá até de noite, quando voltamos pro camping.

No dia seguinte, domingo, ficamos de acordar meio cedo, às 9h, pra sair às 10h. Tipo que o Marcel acordou a gente às 8h hahahahha. A volta o Guegs ficou com a parte alemã e eu com o final. Única coisa ruim é que choveu pra cacete na minha parte. E pegamos um congestionamento ruim, mas chegamos vivos em casa.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Segundo semestre de 2013

Bom, estou um pouco atrasado no blog, então vou resumir tudo (ou quase tudo) o que aconteceu durante o segundo semestre de 2013.

Primeira coisa que aconteceu foi a chegada dos bixos. Duplo diplomandos e em aproveitamento de estudos que chegaram esse ano. 15 no total.
Já tínhamos preparado o Manual dos Bixos. Preparamos também um 'Kit Bixo', onde colocamos algumas doações básicas, tipo panelas, pratos, talheres, cabides, etc, coisas de primeira necessidade que iríamos doar de qualquer jeito e não importava direito pra quem seria (já que o apadrinhamento seria só depois). Dessa forma não precisariam comprar todo o Carrefour logo que chegassem. Também o que aconteceu comigo foi comprar tudo isso e logo depois receber algumas doações de coisas que não precisaria ter comprado.

O Pedro a Sara ficaram encarregados de distribuir e ajudar os bixos na primeira semana, porque eles já iam estar aqui em Lyon, enquanto eu e os outros estaríamos fazendo o estágio. Pedro foi buscar a Marina (Poli Civil - Centrale Lyon) na Part-Dieu. E tomou no cú (desculpa o palavrão, mas é isso que aconteceu com ele mesmo), porque a mala dela quebrou as rodinhas e teve que trazer no braço. E foi buscar os ouros bixos que chegaram de Vichy na Perrache.

Nota: quando escrevo 'bixo' aqui, me refiro à calouros. Quando mandei meu primeiro e-mail pra eles, fui reprimido pela Taissa (Civil UFRJ - Centrale Lyon), porque "bicho escreve com CH".

No sábado fizemos nossa primeira bouffe (jantar) de recepção. Um strogonoff maravilhoso que eu preparei (nem vem Sara, fui eu quem fez). Após uma sorte tremenda no arroz, que a gente simplesmente jogou 2 kg de arroz numa panela, encheu de água e rezou pra dar certo (nem queimou nem nada). Uma diferença é que os bixos desse ano bebem bem mais do que ano passado. Tipo, pros churrascos e tal eu comprava um pack de 20 garrafas e dava tranquilo. Agora tem que comprar no mínimo 3 disso hahahaha Foi bem legal o jantar, deu pra conhecer um pouco mais a galera. Fiz até uma dinâmica de apresentação (sim, uma merda fazer isso). (nota de memória pessoal: janela)
Bouffe de Recepção dos Bixos
Durante a semana tiveram as várias festas das Centrale. Mas a gente já tava tendo aula, então tinha que conciliar isso e ir nas festas.

No final de semana seguinte teve o WEI (week-end d'intégration). A gente, o Club Brésil, organizou um ônibus. Basicamente tem que ir comprar as bebidas e garantir que todo mundo receba as informações e não se perca durante a viagem. Foi bem legal a viagem e deu pra conhecer mais a galera. Dessa vez a gente foi prum hotel no sul da França e no outro dia a gente foi pra praia. Primeiro dia de boa, dormimos e fomos pra piscina e de noite, balada. Uma coisa ruim desse WEI foi a comida. Galera que organizou deve comer merda, só pode. No almoço do sábado deram patê, mas sem pão. No jantar, tava muito bom, mas não matava a fome. E no domingo teve um brunch com coisas que não faziam sentido juntas hahahaha
WEI 2013
No final de semana seguinte ao WEI a gente fez um churrasco (o único do segundo semestre de 2013). Alguns veteranos vieram e tava um tempo bom pra fazer. Foi bem bacana, com direito a uma carne sensacional por minha parte. Modéstia à parte estava muito boa. De noite a gente foi pra coloc e depois pra Ayers Boat, uma balada num barco.
Churrasco do Club Brésil
No final de semana seguinte a gente fez a parrainage (apadrinhamento) do Club Brésil. Basicamente cada brasileiro recebe um padrinho/madrinha brasileiro, pra passar o material, assim como algumas doações. Além de ter alguém pra ajudar em algum problema da école, ou simplesmente pra beber juntos. Um problema: esse ano vieram 11 DD e no meu ano tem 10 DD. Ficamos enchendo o saco que alguém ia ficar sem, mas no final a Virgínia ficou com dois. Os 3A recebem também um padrinho, mas não recebem material, já que não têm as mesma matérias que a gente teve. Fica mais pro rolê de beber mesmo hahaha Depois da bouffe fomos pra coloc e depois a ideia era ir pruma balada.
Os meus afilhados são o Ronaldo (Metalúrgica UFC - Centrale Lyon), que tá em DD, e a Lilian (Ambiental Poli - Centrale Lyon), que tá em aproveitamento. Coisinhas fofas. #familiafeliz
Meus afilhados
No final de semana seguinte (é, começo de ano foi alucinante), a gente foi pro Oktober, eu, Guegs, André, Ronaldo e Marcel. Mas isso eu conto em um post à parte.

Não falei, mas a Nathalie, minha mère d'accueil, que me recebeu em Vichy no mês que eu fiquei lá estudando francês, esse ano recebeu a Natália (Química UFRGS - Centrale Lyon). Aqui vai a foto que nós tiramos da janta que a Nathalie nos enviou para comermos e lembrarmos dela.

Outro projeto desse ano do Club Brésil foi retomar as aulas de português para os franceses. Esse ano temos 3 alunos, a Eléonore, minha vizinha do ano passado, o Etienne, da minha sala do ano passado, e o Wesley, primeiro ano. Cada semana é um brasileiro que dá a aula e um outro que assiste a aula e dá a aula na semana seguinte. Assim ninguém fica carregado de dar a aula e a gente consegue ter uma continuidade no ensino. Eles estão progredindo muito bem.

Durante as férias do Toussaint eu não viajei. Fiquei descansando a maior parte do tempo. Durante a semana eu, o Pedro e o Luiz fizemos duas degustações de cerveja. Na verdade a gente foi no Carrefour e comprou umas cervejas aleatórias para experimentar. O resultado é que a gente tomou mais cerveja ruim do que esperava hahahaha
Degustação de cervejas
Durante o semestre também a gente fez mutirões pra acabar com a saudade das comidas do Brasil. O churrasco que a gente faz, apesar de matar a vontade, não é a mesma coisa do que o do Brasil, até porque o corte aqui é diferente e não tem o mesmo sabor. Mas apesar disso conseguimos fazer pastel (2 vezes) e coxinhas. Sim, isso não existe aqui na França. Juntou uma galera pra cozinhar, desfiar o frango, fazer a massa, embrulhar e depois fritar. O pastel também a mesma coisa. O ruim é esticar a massa, mas saiu.
Coxinhas do Club Brésil
Pastéis do Club Brésil
Bouffe do pastel
Retomamos e fizemos as polos do Club Brésil, dessa vez com uma cor mais escura do que a anterior. Mas o rolê dos apelidos ficou ruim, porque não deu tempo de reunir e escolher. Então foi mais ou menos cada um que escolheu o seu.
Modelos do Club Brésil
Essa foto abaixo foi tirada no Forum de empresas da Centrale Lyon. Fomos lá em busca de um estágio. Não que tenhamos conseguido muitas coisas. Ainda procuro o meu. Quem quiser me contratar, estamos ai.
Forum
Pra quem fala que estou gordo, explico o porquê: jantares com a Marina e com a Lilian hahaha As duas não tem nada pra fazer, porque elas quase nem estudam aqui, então fazem jantas gordas e me chamam. E eu vou né hahahahaha Já fizemos um milhão de coisas diferentes. E normalmente é nós três, mais um convidado especial hahaha Ou senão vem mais de um também.

Começo de dezembro teve a Fête de Lumières, festival das luzes, que acontece todos os anos em Lyon. Devido ao sucesso do ano passado e à quantidade de amigos, veio muita gente pra cá. Em cada casa deve ter ficado umas 3/4 pessoas. Na minha veio a Yuka (Civil Poli - Centrale Paris) que morou comigo no Recanto dos Pássaros, um milhão de anos atrás, e duas amigas alemãs dela. Na sexta feira eu fui com a Marina e com Taissa buscar uma amiga da Marina que tava chegando de trem e lá também encontramos com o Etienne. Fomos à pé até o centro e vimos algumas das atrações da cidade. Voltei mais cedo porque a Yuka tava chegando de carro na Centrale. Nesse dia fizemos uma festa da hora na casa da Marina, com umas 30 pessoas na casa dela de 18 m². Tinha gente pra caramba.

No dia seguinte, eu e a Yuka acordamos cedo e fomos turistar. A minha função era mostrar a cidade pra ela, mas eu acabei conhecendo um pouco também hahahaha Fomos até Perrache, onde tinha uma Feira de Natal, andamos até Bellecour, o Hotel de Ville, e depois Vieux Lyon, onde encontramos o resto dos amigos dela e fomos almoçar num restaurante em Bellecour. Depois subimos à pé até a Fourvière, onde tem a catedral e o Teatro romano. Quando descemos já era noite e tinha começado o show de luzes. Tinha muita coisa legal, mas ainda acho que o do ano passado foi mais legal. Tínhamos combinado de ir na casa do Etienne pra fazer uma festa lá, mas tava tarde e todo mundo cansado. Voltamos pra casa e bebemos a cerveja que compramos.

No domingo acordamos mais ou menos cedo e fomos visitar o Parc de la Tête d'Or, que eu ainda não tinha ido. O OnlyLyon estava lá e deu pra tirar foto também. Voltamos pra Centrale e eles foram embora.

E pra terminar, no último final de semana do ano fizemos um amigo secreto entre os brasileiros. Como jantar teve panqueca, quando a Liana salvou nossas vidas e fez a panqueca. Escolhi um site que sorteia automaticamente o amigo secreto, desse jeito não ia ter o problema de ir atrás de todo mundo com o papelzinho e de tirar você mesmo. Mas com isso o site gera uma única volta, ou seja, a última pessoa sempre tira a primeira. Como eu fui o primeiro a revelar, já sabia que ia ser o último a receber o presente. Tirei o Etienne e dei pra ele um guia de viagens do Brasil, em francês, e uma bandeira do Corinthians. Quem me tirou foi o Simão (Química Poli - Centrale Lyon). Pedi um presente criativo, e ele conseguiu. Me deu uma lanterna com um canivete na outra ponta. Muito da hora!

Agosto - Estágio

Cheguei em Lyon depois de viajar julho inteiro e fiquei uma semana morando na casa da Virgínia.
Deu só o tempo de descansar um pouco e de preparar a mala pra sair de novo.

Durante as férias de verão (julho e agosto) a gente tem que fazer pelo menos 4 semanas de estágio operário em uma empresa. Estágio operário significa por a mão na massa mesmo, participar diretamente da produção da empresa.

Tentei arranjar alguma coisa em Lyon, mas vacilei e acabei mandando meio tarde o currículo. Ai não consegui nada por aqui. O Guegs tinha pedido estágio em uma empresa, mas a data que eles estavam aceitando não batia com a que ele queria e então ele me passou e eu consegui esse mesmo. Não tinha muita escolha hahahaha

A empresa chama Phodé Laboratoires e fica em Albi. Albi é uma cidadezinha no interior da França, mais ou menos perto de Toulouse. Apesar disso tem uma parte turística bem forte, pode causa de uma catedral que tem lá, que é patrimônio da UNESCO (só fiquei sabendo disso quando cheguei lá).

Cheguei depois de pegar um TGV até Toulouse e um TER até Albi. Cheguei na estação e percebi que o mês ia ser triste hahahaha Rolava feno pela estação e tava quente pra cacete. Tava tipo chegando na estação de trem de uma cidadezinha no Velho Oeste americano na época de seca. Fui andando até a residência onde fiquei durante o mês. Ficava bem no centro da cidade e era própria pra receber os jovens trabalhadores da região. A maioria da galera lá era jogador de rúgbi do time da cidade. Uns puta brutamontes hahahaha O quarto era de buenas, sem muita coisa. Tinha um restaurante do lugar que funcionava durante a semana e uma cozinha que só funcionava nos fins de semana.

Primeiro final de semana fui dar um role pela cidade e conheci tudo que tinha pra conhecer lá hahahaha No centro tem uma praça onde fica uns velhos e tem uns restaurantes e bares. Tem também uma fonte no chão que jorra água e fica aumentando e diminuindo. A alegria da criançada durante o verão. Dae depois tem a catedral e do lado o Museu Toulouse Lautrec, porque é a cidade onde ele nasceu. Depois tem o rio e as pontes da hora com formato de arco. E isso é tudo pessoal.


Bom, agora falar do trabalho. A empresa química fabrica aromatizantes pra nutrição animal e humana. Falando por cima eles fazem aditivos pra serem acrescentados à água e à ração dos animais, pra dar gosto, cheiro, fornecer alguns nutrientes essenciais e aumentar a performance. Tem uns cheiros bons, tipo laranja e morango, mas tem outros que são uma merda, tipo banana e caranguejo. E alguns que são bons, mas como é tudo concentrado, é impossível de ficar cheirando aquilo.

Por se tratar de uma empresa alimentícia e por ter muito pó dentro da produção, os funcionários são obrigados a usar um macacão branco, um por dia, sapato especial, touca, luvas e máscara. Primeiro dia tava muito calor. E eu com tudo aquilo lá. Achei que ia morrer naquele mês hahahaha No final do dia tinha uns chuveiros pra poder tomar banho e tirar a sujeira do corpo.

A produção é dividida em 4 partes: produção de líquidos, produção de pó, embalagem e expedição. Na parte de líquidos eles preparam as bases aromáticas de acordo com as especificações que vem do laboratório. Depois, a maior parte dessas bases vai pra parte de pós, onde são misturadas com pós, tipo nutrientes, farinha, açucar, etc. A minha primeira semana foi mais nessa parte, onde ajudei um cara a preparar as coisas. Depois disso os produtos são armazenados em grandes sacos (big bags), de mais ou menos 1 tonelada, e podem ser expedidas para o cliente ou senão vão para a parte de embalagem, onde eu trabalhei o resto do tempo.
A gente tem que esvaziar os big bags em grandes contêineres e com a ajuda de uma máquina automática a gente escolhe a massa de produto que tem que entrar em cada saco. Depois tem que lacrar e empilhar numa torre. Até ae beleza, mas tinha sacos que faziam 25kg e levantar isso não é moleza hahaha Sem contar que a máquina lá tava com problema e o saco escorregava na hora, então ele perdia a medida do peso e tinha que parar manualmente, levar até a balança, tirar ou colocar mais produto e então fazer o resto. Numa outra semana a mesa onde a gente fazia a torra quebrou. Dae tinha que subir numa escada pra poder colocar na pilha. Uma beleza. Outro problema foi ter que reetiquetar alguns sacos. Dae tinha que desfazer a torre, trocar a etiqueta e então empilhar de novo.

Um dia foi bacana, que a gente fez um produto que foi pro Brasil. Cidade de Toledo, no Paraná. As etiquetas tudo em português e foi ai que eu descobri o que tava fazendo hahahaha Em breve todas as carnes do Brasil terão uma participação minha hahahaha

Tirando isso, em agosto teve meu aniversário. Segunda feira. Sozinho. huauhauhahua Que tristeza.
Só que no final da semana teve um feriado e eu fui pra Marseille, onde o Luis Felipe e o Mauricio estavam fazendo o estágio deles. E o Maurício faz aniversário no mesmo dia que eu.
Na quinta feira, feriado, foi uma galera até as calanques de Cassis, uma cidade do lado de Marseille. Aquele lugar é animal. O paraíso na terra hahahaha O único problema é que a água é gelada pra cacete. Outro problema é que tem que andar pra cacete pra chegar lá. E cheio de pedra no caminho. Mas vale muito a pena. Só que a galera toda já tinha ido no mais da hora. Então no dia a gente foi nesse de Cassis.

Na sexta o povo foi trabalhar e eu fui com o Igor, amigo da Jessica que estuda em Marseille, visitar as praias de Marseille. Não tem nada a ver com as praias do Brasil. Água gelada e areia cheia de pedras. Tomar uma cerveja ali é pedir pra ser roubado. Muito caro.
De noite foi uma galera até a casa do Luis Henrique (Poli - Marseille), onde o Luis Felipe tava morando em agosto e a gente foi comemorar nosso aniversário. Sem bolo, só com bebidas hahhahaha

No sábado foi eu e o Luis de trem pra Cannes. Uma galera de Lyon foi pra lá e a gente foi junto. Tava a Liana, a Ale, a Isa, irmã da Ale, a Helena, o Rafa Bifaroni e o Benjamin e a Jojo. Ficamos a maior parte do tempo na praia. Comemos em um restaurante italiano lá e depois voltamos pra praia hahahaha E depois, no domingo, eu voltei pra casa (em Albi).
Cannes
Conheci uma menina francesa que estuda engenharia química na Chimie ParisTech e que tava fazendo estágio na mesma empresa. Ela me ajudou pra caramba porque ela me mandou o relatório de estágio dela. Ai não tive que fazer tanta coisa hhahahaha

Aproveitando, isso aconteceu depois, mas como tem a ver com o estágio, vou falar.
Primeiro que tem que fazer a apresentação do estágio. É tipo uma mesa redonda com uns 8 alunos, em que cada um apresenta o que fez durante o estágio e o que achou de lá. Nada de muito complicado, porque é só contar o que você fez, mas serve pra saber um pouco sobre o que os outros fizeram.

Segundo que tive um problema na hora de receber o salário. Antes de sair a mulher do RH falou que iam atrasar pra pagar, mas que iam mandar um cheque por correio no mês seguinte. Acontece que no mês seguinte eu não recebi nada, dai mandei um e-mail perguntando. Só que ela me respondeu que tinha enviado pro meu endereço, mas no endereço não tinha o número do quarto. Fui até os correios e eles falaram que quando é assim a carta volta pro remetente. Só que ela não respondeu meu outro e-mail. Fui falar com o meu tutor e depois com o serviço de estágio da école e eles ligaram pra empresa.
Foi ver eles mandaram pro meu endereço antigo, mesmo eu avisando que tinha mudado. Dae o cara que mora agora no meu quarto antigo, ao invés de guardar, ou deixar no lugar de cartas erradas, ele simplesmente jogou fora a carta com o cheque. Dae não ia receber nunca mesmo hahahaha Mas agora tá tudo certo, eles fizeram um depósito e tá tudo feliz.

Julho - Norte

Minha família ficou na Europa até o dia 10 de julho. Depois disso eu tinha 20 dias sem fazer nada, porque meu estágio ia começar só em agosto.

Juntou eu, o Maurício (Mecatrônica Poli - Centrale Marseille) e o Gustavo (Química UFRJ - Centrale Nantes) pra fazer uma viagem para o norte da Europa. No começo de julho eles fizeram um cruzeiro e estavam procurando algo pra fazer depois. 

Saímos de Paris em direção à Oslo, na Noruega. O voo da RyanAir saía do aeroporto de Beauvais. Eles foram antes, de trem e eu fui depois, pelo Shuttle de Beauvais. Tive ainda que imprimir a passagem pro Gustavo no Hotel. Nota pro Gustavo que viajou com uma mala enorme de low cost. Olhando pra ela, você falaria com certeza que ela era maior que as dimensões, mas ela passava no limite. O problema era que durante a viagem ele lotou um pouco demais a mala.... Pra primeira viagem ele jogou a toalha na mala do Mauricio e passou no controle.

Chegamos em Oslo e pegamos um trem até a cidade. O ruim de viajar de avião é que normalmente os aeroportos não ficam na cidade, então tem que pagar um trem ou um ônibus pra chegar até lá, e vai uma boa grana ai (em média 10 euros por trajeto), além do tempo, porque tem que chegar antes do voo e tal (não é que nem de trem que é só chegar na estação). Lá no norte também tudo é mais caro. O Gustavo já tinha visitado a cidade, então ele sabia o que tinha que visitar lá. No dia seguinte a gente já ia embora.
Pra falar a verdade não tem muita coisa pra ver. Ou a gente também não viu tudo hahahaha Ele falou que tinhas uns outros rolês lá, mas a gente não tinha tanto tempo assim pra fazer. Tipo pegar um barco e ir pra umas ilhas lá ou então visitar uns parques e castelos mais longes. Andamos lá pelo centro e depois pela orla. Tem um palácio, mas tava reformando. Na Europa eles reformam tudo no verão, mesmo porque na Noruega não deve ser agradável trabalhar no inverno hahahaha O bom também é que o sol está presente quase o dia todo. E tá quente. Então é bom pra turistar. Por exemplo, eram 2 da madrugada no hostel e ainda não tinha completamente escurecido.
Oslo, Noruega
Oslo, Noruega
No dia seguinte visitamos o que faltava. Comemos em um restaurante que o Trip Advisor falava que era um dos melhores da cidade e que tinha desconto pra galera do hostel. Mas quando a gente chegou lá o desconto era só pra mais tarde, mas o tiozão fazia mais barato se a gente votasse bem neles. Não é à toa que é um dos mais bem cotados hahahaha

Pegamos outro avião e fomos até Copenhague, na Dinamarca. Pegamos o metrô e fomos até o hostel. Uma estratégia que eu uso é pegar o mapa que tem no hostel, ver quais os principais pontos turísticos e visitar (assim não tem muito que preparar a viagem com antecedência hehe). Como já estava meio tarde, a gente foi pro lado da cidade onde tinha menos coisas pra fazer. Comemos em uma pizzaria e depois fomos andar. Beleza, tava a gente andando lá e eu com a camiseta do Corinthians. Do nada passa um cara de bike e vira "Vai Corinthians!". Até na Dinamarca! hahahahaha Guardem essa informação.
Københavns Rådhus
No dia seguinte fomos mais em direção ao centro, onde tem mais coisas pra visitar. A primeira coisa foi tipo uma prefeitura (acima), não entendi direito o que era. Tava aberto e a gente entrou hahahahha Uma das coisas mais da hora da viagem era um relógio muito maluco que tinha lá dentro. Era um relógio que mostrava tudo, tipo a hora, a data, a posição dos astros do Sistema Solar, etc. E tudo isso era movido à energia mecânica. Isso mesmo. Tinha um puta sistema de engrenagens movida pelo movimento de um pêndulo. Animal! Fala que de vez em quando eles tem que empurrar o pêndulo de novo pra ganhar energia, mas tirando isso, ele funciona perfeitamente.

Depois comemos em um restaurante que tinha comida infinita. Pagava uma taxa e comia o tanto que quisesse. Dá pra imaginar o quanto comemos hahahaha Saímos e continuamos andando pela rua, que deve ser a principal de lá, que tem um monte de lojas. Tava lotada aquele dia. Uma das marcas da Dinamarca é a Lego, e minha mãe tinha enchido o saco pra ir na loja deles. Ai achamos e entramos. Tava lá nós, crianças, olhando os brinquedos e chega um vendedor perguntando da onde a gente era. Respondemos Brasil e ele falou que tinha um vendedor que tinha morado no Brasil. Ai beleza, esperamos lá e o cara chegou. Falando normal assim. Achamos que era brasileiro. Dae ele fala que não, que tinha morado no Brasil por 2 anos, numa cidade do interior de São Paulo. Falava muito bem. Ai batendo papo lá, a gente descobre que foi ele que gritou "Vai Corinthians" no dia anterior! hahahahaha Muito foda!

Continuamos andando nessa rua e achamos uma igreja numa ruazinha que cortava essa rua. Pra começar tinha uma puta placa falando "This is not a church". Beleza. E ainda tava escrito que aquele dia a entrada era de graça. Não tinha nada a perder e a gente entrou. A primeira sala era um bagulho bizarro. Tinha duas paredes circulares, com uma projeção em uma e duas na outra. Dae começa a mostrar umas páginas de livro sobre canibalismos e rituais malucos lá. Dae, de repente, começa um vídeo de uma festa na laje de uma favela no Rio de Janeiro. Galera fazendo churrasco, cantando e dançando. Tinha até um tiozão com a camisa do Fluminense. Que bagulho bizarro. Meio que tava comparando os rituais de canibalismo com a festa na laje do Brasil hahahahaha Ai tinha um bagulho maluco que era um pau com uma placa circular de madeira, em que eles colocaram 3 câmeras em cima. Dae ficavam girando aquilo durante a festa e gravando. Ae uma hora mudou a imagem e começou a mostrar em cada projeção a imagem de uma câmera. E aquilo tudo girando. Caguei de medo hahahhaha Fomos visitar o resto do museu e só tinha coisas bizarras. Tinha uma parte que tinha uma tv e areia no chão e um banco no meio hahahaha Tipo praia, sei lá. Uma outra sala lá mostrava um açougue, com os porcos lá pendurados hahahahaha
Copenhague, Dinamarca
Saímos correndo de lá e continuamos a andar até chegar num canal que dava pro mar. Tava tocando jazz e a gente ficou um tempo lá. Depois disso a gente andou pra cacete até uma parte meio afastada do centro. Tem um parque do exército lá, onde tem um moinho de vento que, pelo Trip Advisor, era uma das melhores coisas pra fazer em Copenhague. Chegando lá, era legal, mas não é nada demais. Mauricio e Gustavo tomaram bronca do militar lá porque estavam andando na grama hahahah. E do lado, a maior atração de Copenhague (só que não): A Pequena Sereia. O escritor original da Pequena Sereia era de lá. E pra isso fizeram a estátua dela lá, no mar. Só que é uma bosta aquilo hahahaha Tipo, é uma estátua 'pequena' no mar, em cima das pedras. Ai tava lotada de turistas e não dava pra tirar fotos direito hahahahha
A Pequena Sereia
De noite, foi um dos rolês mais legais que a gente fez durante a viagem. Ficamos bebendo no hostel e chegou umas minas que eram amigas de uma outra que tava trabalhando no hostel e a gente ficou batendo papo. Uma das coisas legais foi que a gente aprendeu como que se fala "Saúde!" em dinamarquês. Lembro mais ou menos como se fala, mas não faço a mínima ideia de como se escreve. É uma palavra utilizada pra crânio. Acontece que os vikings quando ganhavam uma batalha, cortavam a testa do indivíduo e usavam o crânio como taça. Bem bonito. Dae brindavam com isso! Dae ficou o nome. Pelo menos foi o que contaram. Não sei se um dia conhecerei outro dinamarquês pra confirmar a história hahahaha

No sábado de manhã fomos para Estocolmo, na Suécia. Chegamos e pegamos um shuttle até a cidade. Saímos pra comer. Comemos num restaurante muito da hora, tipo Outback. Pedimos dois pratos com um mix de carne pra nós três e comemos pra caramba. Depois fomos passear. O Gustavo também tinha ido pra lá e estava nos guiando. Na volta encontramos a melhor loja de Estocolmo:
Melhor loja de Estocolmo
No dia seguinte, acordamos e fomos fazer o Free Tour pela cidade. No meio do caminho conhecemos a Leticia, uma brasileira que tava viajando sozinha por Estocolmo, faz Produção na Unicamp (veterana do André), e que tava em intercâmbio em Porto. Foi da hora o tour, com algumas curiosidades, principalmente sobre a cidade, a família real (que tem uma meio-brasileira como rainha) e o prêmio Nobel. Na foto abaixo tem um bonequinho minúsculo em metal, que fica perto de uma igreja. Tem todo um rolê pra esse boneco. Tipo, dar dinheiro, esfregar na cabeça e dar 3 voltas em torno dele. Fala que dá sorte, dinheiro e que faz você voltar pra cidade. Bom, tive que fazer, pra poder voltar pra pegar meu Nobel depois hahahaha


De tarde fomos no outro Free Tour, que visita a parte antiga da cidade. Observação pra quando a gente chegou perto do grupo de Free Tour. A guia muito bonita e tal, a gente lá olhando pra ela, ai chega a Leticia: "Nossa, que tênis horrível!" hahahaa só mulher pra reparar nisso mesmo hahahaha
Palácio real
De noite a gente foi até o hostel da Leticia, onde a gente ficou conversando e ouvimos a mais bela história sobre o Snape que só o Maurício poderia contar. Saímos umas 3 da manhã de lá e o sol já tava nascendo!
3 da madruga na Suécia
No último dia acordamos mais tarde e saímos pra visitar o que faltava. De noite saímos, mas era segunda e foi difícil achar bares abertos. Achamos um bem longe, mas ficamos pouco tempo lá também.

No dia seguinte, terça, 16/07, fomos de tarde para Helsink, na Finlândia. Também iríamos embora no dia seguinte, então logo saímos pra visitar a cidade. Andamos pra cacete naquele dia, sempre seguindo o Trip Advisor. O foda é que às vezes ele mostra uns lugares muito nada a ver pra conhecer. O rolê mais da hora foi quando a gente tava passando na frente de um prédio (que eu nem sei o que era), com várias colunas tipo gregas (não conheço tanto arquitetura assim), e duas meninas apareceram, uma tirou um cartaz, que tava escrito algo do tipo "You cannot tell me what to do" e tiraram foto na frente daquilo. Só que elas foram tipo muito rápidas, tipo que com medo de estar fazendo aquilo. hahahha Alguém que tem isso pra dizer não deveria estar com medo de fazê-lo hahahaha
Helsink
No dia seguinte a gente acordou cedo e foi terminar o turismo. Fomos pra outra parte da cidade, perto do mar. Tem uma igreja bem bacana e no dia tava tendo uma feira, de comidas e artesanato. Entramos na igreja (olhem a foto, tem degrau pra caramba!). Depois pegamos um barco até uma ilha ali perto, que é patrimônio da UNESCO. Bem bacana a ilha. Ainda mais no verão.
Helsink, Finlândia
No final da tarde a gente pegou um cruzeiro até St. Petersburgo, na Rússia. Isso mesmo, RÚSSIA!
Primeira etapa, chegar até o porto. Tava tendo tipo uma festa na orla do mar, com várias barracas de comida e vários barcos parados lá. Sem noção do que era. Uma das barracas tinha a bandeira do Brasil e os dois quiseram ir lá falar com eles. Deu que o Maurício resolveu contar nossa vida pra eles hahahaha Que a gente tava estudando na França, de onde éramos no Brasil, as cidades que a gente tava indo, nosso RG, CPF, passaporte... hahahaha
Segunda etapa, fazer check-in e passar pela alfândega. Primeiro que na hora do check-in a tia implicou que a gente tinha pago o jantar errado, infantil. Ae tivemos que pagar mais 14 euros pra ter o jantar. Só o Gustavo que escapou disso. Na hora da alfândega a gente passou separado. Ae eu entreguei o passaporte e o guarda carimbou ele. Na hora dos outros dois eles ficaram uma meia hora lá pra serem aprovados. E eu lá do outro lado esperando. Não ousei voltar pra ver o que era hahahaha Nós achamos que o problema foi que os policiais não sabiam de onde que a gente tinha vindo. Isso porque desde o começo da viagem a gente não tinha recebido nenhum carimbo no passaporte (nem mesmo verificaram os nossos passaportes, já que os check-ins foram online). E eu passei porque tinha um carimbo recente de quando tinha entrado em Londres, ai eles devem ter pensado que eu tinha vindo dali.

Enfim entramos no barco. Achamos o quarto (eu fiquei separado dos outros dois). E fomos esperar pra janta. Ficamos lá no deck fazendo nada, com um monte de gaivota que seguia o barco. Na hora da janta, meu deus, quanta comida! Podia comer à vontade e a gente ainda tinha pagado mais dinheiro nisso. Fomos comer pra valer a pena hahahaha Tava muito bom tudo. Com frutos do mar e tudo. Tinha vinho à vontade também. O ruim é que eu comi tanto que na hora de dormir não tava rolando. Barriga cheia e o cruzeiro balançando, foi foda. Acabou que eu saí antes do quarto e fui esperar o jogo do Corinthians contra o São Paulo, final da Recopa. Comprei a internet lá, mas tentei de tudo e não consegui conectar de jeito nenhum. Só pelo lance a lance do GloboEsporte.com, mas mesmo isso tava demorando pra carregar. No segundo tempo eu desisti e fui dormir.
Princess Maria
Dia seguinte chegamos em St. Petersburgo e passamos por uma fila enorme pra passar na alfândega. Sem problemas dessa vez, tirando o medo de passar pela cabine dos russos hahahaha Saímos, sacamos dinheiro e pegamos uma van até a cidade. Fomos até o hostel e aconteceu uma coisa bizarra, mas que é normal na Rússia. Na hora de pagar a gente só tava com nota grande, porque tinha sacado do ATM. E a tia não tinha troco. Só que pra pagar no cartão tem mais 5% de taxas. Os outros dois pagaram, mas eu não quis não. Recebi um milhão de moedas em troca hahaha. O foda é que a moeda lá ainda é desvalorizada, e eles ainda tem moedas bem pequenas, que não valem nada, nada mesmo. Tentamos usar a net do hostel, mas não rolou. Tinha uma cadeira que era "o melhor ponto pra conectar à Internet", e mesmo assim era difícil. Impossível, na verdade.

Uma coisa muito engraçada é o alfabeto russo, que é diferente do nosso. Tipo, tem umas letras iguais, mas que não tem o mesmo som. Tipo, o P é o R nosso. E ainda umas outras letras tipo o beta. No mapa do hostel tinha a equivalência de sons, e a gente pela lógica foi pegando a relação também. Muito engraçado. Todo mundo tentando ler as coisas em russo. Mais engraçado era quando as coisas faziam sentido. Tipo quando a gente leu restaurante, ou então croissant! hahahaha Mais engraçado é que parecíamos crianças tentando ler, logo depois que aprende as sílabas.
Catedral em St. Petersburgo, Rússia
Esperamos o Lucas (Unicamp - Centrale Marseille) chegar e fomos passear. À partir de lá o Lucas nos acompanhou até o fim da nossa viagem. Primeira coisa que fomos visitar foi o Kremlin 1. Na verdade alguém falou que Kremlin é 'fortaleza', em russo. Não sei se é verdade, mas acreditamos. Só que tudo pode ser uma fortaleza, e era a única coisa que eu sabia que tinha na Rússia hahahahaha Para nós era tudo Kremlin ali huahahuauha
Engraçado que essas igrejas da Rússia a maioria são pagas pra entrar. E é de um estilo diferente. Os desenhos nas paredes parecem ser tudo iguais, de formas simples. Mas nem por isso não tem ostentação. Várias peças de ouro e tudo. O porém é que, visitando uma, as outras são tudo iguais hahahha


Outro role bastante comum em St. Petersburgo é casal de noivos. Sei lá, parece que o role quando vai casar é sair pelas ruas com vestido de noiva e tirar foto com tudo. Vimos bastante casal pela cidade. Um que foi marcante foi quando a gente tava nesse parapeito da foto acima e embaixo tinha uma 'calçada' e depois o rio. E um casal de noivos lá tirando fotos. A primeira coisa é que passou um grupo de chineses e um tirou sarro que a lente da câmera dele era maior do que a do fotógrafo profissional que tava tirando as fotos do casal hahahahaha Outra foi que eles tiraram tantas fotos ali que a gente achou que tinha alguma estátua, sei lá, embaixo, que não dava pra ver lá de cima. Demos a volta e descemos. Quando chegamos lá, que decepção, não tinha porra nenhuma (foto abaixo).


Na parte central da cidade tem o museu Hermitage, que fica numa praça gigante, com um obelisco no meio e esse prédio da foto abaixo do outro lado.

O Hermitage a gente visitou no dia seguinte. De graça para estudantes. Uma outra coisa que acontece na Rússia é que na maioria dos lugares culturais assim o comprovante de escolaridade normalmente é a carteirinha internacional ISIC. Se não for isso não vale. Mas no Hermitage aceitaram a carteirinha francesa. Entramos. Falaram que lá tem um dos maiores acervos do mundo, tão grande quanto o do Louvre. Vai saber né.
Mas a melhor história aconteceu no meio do museu. Estávamos lá olhando as obras quando os moleques falaram que tinha um cara que era igual ao Cristóvão Buarque. Beleza, olhei pra ele e realmente era igual. Tava num grupo de velhos e o guia tava falando em francês. Ai eu continuei olhando as coisas e eles ficaram lá. Uma meia hora. Chegavam perto dele, riam e saiam. Ae quando eu sai eles foram falar com ele. "Excuse me sir, but where are you from?". "Brazil". Ae os dois, Mauricio e Gustavo, olharam um pro outro, quase rindo e falaram "Cristóvão Buarque!". Ai conversaram com ele e tudo. Quando eu voltei, porque tavam demorando, ele veio, me cumprimentou "Prazer, professor do Brasil". A gente trocou uma ideia e depois a gente deixou ele em paz.
São Jorge, no Hermitage
Depois a gente foi em um parque muito da hora lá. Tipo, Era cheio de fontes e tal. Cada 'esquina' tinha alguma coisa. Aqui embaixo eu pus alguma das fotos. Tinha uma 'rua' com vários deuses romanos. Uma parte com as estações do ano.


Ah, uma coisa que eu esqueci de falar e não encaixa no texto. Tava eu dormindo no hostel e sinto alguém me cutucando. Dae acordei. Fiquei meio mal né, de estar roncando no quarto com mó galera. Só que eu não consegui mais dormir. Só que tinha outra pessoa roncando no quarto. Dá um tempo, eu tentando dormir, e vem o filho da puta e me cutuca de novo. Que filho da puta! Não consegue dormir, vai dormir num hotel e não num hostel!

A viagem até Moscou foi feita de trem. Sim, trem. E pra melhorar, fomos de trem noturno. Sim, trem noturno! 7 horas de viagem até lá. Detalhe que a gente não tem nem noção da língua russa. E a maioria deles, normalmente os mais velhos, não tem nem noção de inglês. No trem lá a gente comprou as passagens, mas não comprou a roupa de cama, que é obrigatória (se é obrigatória, podia já por o valor dentro do preço da passagem né, mas beleza). O cobrador viu, e tentou falar com a gente sobre isso. Só que a gente não tinha entendido porra nenhuma. E ele viu que a gente não entendeu, ao invés de fazer mímica, sei lá, ele travou. Ele saiu, voltou e não resolveu. Até que uma menina, de uns 14 anos, que sabia falar mais ou menos inglês, pegou e ajudou a gente, traduzindo o que ele falou e falando o preço. Ela tava mó feliz. Nunca deve ter achado que ia usar o inglês na vida hahahaha Depois ainda ela traduziu a nossa conversa com um russo que gostava de futebol. Falou da copa no Brasil, dae eu perguntei qual o time dele na Russia, ele falou que era o Zenith, dae eu falei do Hulk e tal.
Dentro do Kremlin
Choveu a maior parte do tempo que a gente ficou em Moscou. E a gente também estava bem cansado. Acabou que a gente ficou a maior parte do tempo no hostel hahahaha Saímos pra conhecer a cidade, mas só vimos os pontos principais. Dentre eles, o verdadeiro Kremlin. O verdadeiro Kremlin é uma fortificação no centro da cidade, todo murado, que hoje é a sede do governo russo. Além disso tem todo um complexo lá, não sei com o que, e um tanto de igrejas e museus. Visitamos um museu que mostra as armas da Rússia antiga, da época dos imperadores e tal. Muito bacana. Depois ainda vimos as igrejas que tem lá dentro. Tudo igual hahhaha.

Depois fomos visitar a Praça Vermelha, local marcante durante o período socialista da Rússia. É lá que o Lênin tá 'enterrado'. Eu não vi, mas digo 'enterrado' porque as pessoas que me falaram dizem que fizeram alguma coisa com o corpo dele, que ele ficou preservado, então dá pra ver ele lá deitado mesmo.
Mausoléu do Lênin
Na Praça Vermelha ainda fica a Catedral de São Basílio, que é uma das primeiras coisas que você se lembra sobre a Rússia, embora quase ninguém saiba o nome hahaha Tínhamos que entrar, mas como eu disse, é quase como todas as outras igrejas ortodoxas por dentro.
Catedral de São Basílio
Num outro dia a gente saiu pra passear num parque perto do hostel. Choveu uma hora também, mas é bacana o parque. Tinha uma nave especial russa lá e também esse monumento (que eu não sei o que é, nem o nome) da foto abaixo.


Pra voltar da Russia a gente resolveu passar pelo Reino Unido. Primeiro que é o lugar que tinha voos baratos e depois que ainda poderíamos conhecê-lo. Durante o voo da EasyJet eu fiquei brincando com um bebe inglês da cadeira da minha frente. Primeiro ele ficava olhando pra trás e eu me escondia e depois dava um susto nele hahaha Ele gargalhava. Depois ele ficou me dando os brinquedos dele e depois falava "mine". Muito fofo hahaha Ai ele ficou com sono e ficou chato.

Chegamos primeiro em Manchester, na Inglaterra. Bem legal a cidade, mas não tem muita coisa pra fazer também. Era uma cidade meio que industrial, então não foi voltada pro turismo. Um dos dias a gente foi visitar o museu de ciências e da indústria. Muito foda. 4 engenheiros lá vendo máquinas e tal. Só dá pra imaginar hahahaha Além disso tinha uma parte de ciências, que tinha uns jogos e tal, de ilusão de ótica e essas coisas. Foi lá que eu comprei o meu cubo mágico de sudoku. É um cubo mágico só que ao invés das cores ele tem números de 1 a 9. A dificuldade é que não dá pra saber onde por cada peça, porque não tem mais o referencial das cores. Então ai tem que resolver o sudoku.
Cubo mágico de sudoku
No outro dia a gente foi com o André e com a Gabi, amiga do André da Unicamp, que ta em intercâmbio em Manchester, visitar a cidade. Visitamos a biblioteca John Rylands, um prédio bem antigo, que tem um fragmento do Novo Testamento nele. Depois fomos no Museu do Futebol de lá, mas não deu pra ficar muito tempo porque chegamos a meia hora de fechar. Parece bastante com o museu do futebol do estádio do Pacaembu. Não fomos no estádio do Manchester United. Primeiro que era caro e longe da cidade, e depois que ninguém ia querer ir comigo lá mesmo hahahaha

No outro dia fomos para Edimburgo de ônibus. Mas fomos passando em Glasgow, porque saía mais barato. Tipo, se olhar as passagens saiu tipo 5 libras no total. Muito barato mesmo. Tinha até wifi no ônibus! Nossa parada em Glasgow durou umas 5 horas, e deu tempo de dar uma volta pela cidade. Não tem muita coisa pra ver. Demos uma volta pela cidade e lá pelas 5h30 a gente entrou num shopping pra jantar antes de pegar o ônibus.
Acontece que a gente sentou lá e eram ainda 5 e pouco. Falei que não tava com fome e ia esperar dar 6 horas pra comer. Porque dai já seria noite também né hahahaha Foi chegando perto das 6 horas, todos os lugares pra comer foram fechando. O rolê de pizza que eu ia pedir fechou e eu fiquei sem. Tive que sair correndo pra conseguir pedir um Burger King. Imagina, todos os restaurantes fecharam às 6 horas!!!
Edimburgo, Escócia
Chegamos à noite em Edimburgo, na Escócia. Muito da hora a cidade. Estilo medieval, com um castelo bem louco no topo de uma montanha. Fomos pro hostel, que fica do lado do castelo. Tá entre um dos melhores hosteis do mundo. Animal! Primeiro que tem vista pro castelo. Depois que o próprio hostel fica numa construção medieval e é todo decorado em cima disso. Sem nada pra fazer fomos dar uma volta à noite pela cidade. Andando, eu encontrei um restaurante chamado The Elephant House. Pra zuar a Dani eu trirei uma foto, que não dá pra ver nada. No dia seguinte que a gente foi fazer o Free Tour, a mulher explicou que esse era o café onde a JK Rowling escreveu o primeiro Harry Potter!
The Elephant House, onde JK Rowling escreveu o primeiro Harry Potter
 Atrás do The Elephant House tem um cemitério. A guia nos disse que um professor da JK Rowling falou pra ela que se estivesse escrevendo uma história e não tivesse ideia de nome pra personagem, pra ir num cemitério que tem um monte. Nesse cemitério ai tem o Tom Riddle e um McGonagall. O do Tom Riddle não é bem assim que se escreve o nome, mas vai saber né. Nesse cemitério também tem a sepultura de um cachorro que ficou famoso porque quando o dono morreu ele ia lá todos os dias no lugar onde ele tava enterrado. Dae a população da cidade gostou da história e ia lá e dava comida pra ele.

 No outro dia a gente entrou no castelo. Muito legal lá dentro e tudo. Lá dentro tem as jóias da Coroa Escocesa, que são uma coroa, um cetro, uma espada e... uma pedra! hahaha A pedra tem uma história muito engraçada. Tipo que falam que ela é mágica e simboliza o poder da Escócia. Dae quando a Inglaterra conquistou a Escócia eles pegaram e levaram ela pra Londres. Ae uns estudantes escoceses malucos pegaram e roubaram a pedra pra levar de volta pra Escócia. Só que no meio do caminho eles Quebraram a pedra! E ela tá lascada até hoje! hahahaha Agora tá tudo exposto no Castelo. Outro rolê da hora é o tiro de canhão que acontece todos os dias, acho que às 13h. Na verdade saem fogos de artifícios, mas é legal de ver.
Outra coisa marcante na Escócia foi o Pizza Hut. Buffet e pizza à vontade no almoço por um preço bem barato. Comemos duas vezes lá! hahahaha Acima tem a foto dentro da Scotch Whisky Experience. Tem um role de carrinho que mostra como que os whiskies são feitos e depois tem uma degustação. Não acho que vale a pena visitar não. Legal é ver a coleção de whisky no final (foto).

De lá fomos para nossa última parada da viagem: Dublin, na Irlanda. Fomos de RyanAir até lá. A cidade não tem muita coisa legal assim pra visitar não. Fizemos o Free Tour, mas não me lembro de nada que me chamou muito a atenção hahaha
Tem os pubs de lá, o mais conhecido é o The Temple Bar. Quando eu e o Gustavo fomos lá tava lotado de gente e uma banda da hora tocando. Quando a banda parou de tocar esvaziou um pouco e a gente conseguiu até sentar lá. No outro dia a gente fez o pub crawl lá também.
Lucas, Mauricio, eu e Gustavo
No último dia a gente foi na fábrica da Guinness, aquela cerveja preta. Achei legal, você ve todas as etapas de fabricação da cerveja e depois toma dois copos. Legal também é que você pode tirar o seu próprio pint. Tem um rolê especial, porque uma hora você usa um tipo de gás e no outro um outro tipo. Dae tem que tirar o primeiro, esperar decantar e depois completar o copo com o outro.

Pra voltar foi eu e o Gustavo pra Paris e o Mauricio e o Lucas direto pra Marseille. Nosso voo chegou em Beauvais, mas a gente não conseguiu pegar o primeiro ônibus pra Paris, então teve que pegar o próximo. Quando chegou em Paris, era 11h e eu tinha que pegar meu trem pra Lyon às 11h45. E ainda tinha que chegar na estação, pelo metrô. Cheguei tipo 11h35 lá e fui imprimir meu bilhete que tinha comprado pela internet. Mas deu problema com o cartão e eu tive que trocar de máquina. Peguei rapidão e fui correndo pra plataforma. Meu vagão era um dos últimos e eu correndo com meu mochilão de 10 kg nas costas até lá. Até que uma hora eu desisti e entrei em qualquer um, pra ir por dentro do trem. Sorte que eu entrei pela parte certa e consegui chegar no meu lugar. Mas mesmo assim não deu tempo de renovar a Carte Jeune, que tinha vencido no dia anterior. Sorte que o tiozão liberou pra mim hahahaa

Longa história pra uma longa viagem.