terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Julho - Norte

Minha família ficou na Europa até o dia 10 de julho. Depois disso eu tinha 20 dias sem fazer nada, porque meu estágio ia começar só em agosto.

Juntou eu, o Maurício (Mecatrônica Poli - Centrale Marseille) e o Gustavo (Química UFRJ - Centrale Nantes) pra fazer uma viagem para o norte da Europa. No começo de julho eles fizeram um cruzeiro e estavam procurando algo pra fazer depois. 

Saímos de Paris em direção à Oslo, na Noruega. O voo da RyanAir saía do aeroporto de Beauvais. Eles foram antes, de trem e eu fui depois, pelo Shuttle de Beauvais. Tive ainda que imprimir a passagem pro Gustavo no Hotel. Nota pro Gustavo que viajou com uma mala enorme de low cost. Olhando pra ela, você falaria com certeza que ela era maior que as dimensões, mas ela passava no limite. O problema era que durante a viagem ele lotou um pouco demais a mala.... Pra primeira viagem ele jogou a toalha na mala do Mauricio e passou no controle.

Chegamos em Oslo e pegamos um trem até a cidade. O ruim de viajar de avião é que normalmente os aeroportos não ficam na cidade, então tem que pagar um trem ou um ônibus pra chegar até lá, e vai uma boa grana ai (em média 10 euros por trajeto), além do tempo, porque tem que chegar antes do voo e tal (não é que nem de trem que é só chegar na estação). Lá no norte também tudo é mais caro. O Gustavo já tinha visitado a cidade, então ele sabia o que tinha que visitar lá. No dia seguinte a gente já ia embora.
Pra falar a verdade não tem muita coisa pra ver. Ou a gente também não viu tudo hahahaha Ele falou que tinhas uns outros rolês lá, mas a gente não tinha tanto tempo assim pra fazer. Tipo pegar um barco e ir pra umas ilhas lá ou então visitar uns parques e castelos mais longes. Andamos lá pelo centro e depois pela orla. Tem um palácio, mas tava reformando. Na Europa eles reformam tudo no verão, mesmo porque na Noruega não deve ser agradável trabalhar no inverno hahahaha O bom também é que o sol está presente quase o dia todo. E tá quente. Então é bom pra turistar. Por exemplo, eram 2 da madrugada no hostel e ainda não tinha completamente escurecido.
Oslo, Noruega
Oslo, Noruega
No dia seguinte visitamos o que faltava. Comemos em um restaurante que o Trip Advisor falava que era um dos melhores da cidade e que tinha desconto pra galera do hostel. Mas quando a gente chegou lá o desconto era só pra mais tarde, mas o tiozão fazia mais barato se a gente votasse bem neles. Não é à toa que é um dos mais bem cotados hahahaha

Pegamos outro avião e fomos até Copenhague, na Dinamarca. Pegamos o metrô e fomos até o hostel. Uma estratégia que eu uso é pegar o mapa que tem no hostel, ver quais os principais pontos turísticos e visitar (assim não tem muito que preparar a viagem com antecedência hehe). Como já estava meio tarde, a gente foi pro lado da cidade onde tinha menos coisas pra fazer. Comemos em uma pizzaria e depois fomos andar. Beleza, tava a gente andando lá e eu com a camiseta do Corinthians. Do nada passa um cara de bike e vira "Vai Corinthians!". Até na Dinamarca! hahahahaha Guardem essa informação.
Københavns Rådhus
No dia seguinte fomos mais em direção ao centro, onde tem mais coisas pra visitar. A primeira coisa foi tipo uma prefeitura (acima), não entendi direito o que era. Tava aberto e a gente entrou hahahahha Uma das coisas mais da hora da viagem era um relógio muito maluco que tinha lá dentro. Era um relógio que mostrava tudo, tipo a hora, a data, a posição dos astros do Sistema Solar, etc. E tudo isso era movido à energia mecânica. Isso mesmo. Tinha um puta sistema de engrenagens movida pelo movimento de um pêndulo. Animal! Fala que de vez em quando eles tem que empurrar o pêndulo de novo pra ganhar energia, mas tirando isso, ele funciona perfeitamente.

Depois comemos em um restaurante que tinha comida infinita. Pagava uma taxa e comia o tanto que quisesse. Dá pra imaginar o quanto comemos hahahaha Saímos e continuamos andando pela rua, que deve ser a principal de lá, que tem um monte de lojas. Tava lotada aquele dia. Uma das marcas da Dinamarca é a Lego, e minha mãe tinha enchido o saco pra ir na loja deles. Ai achamos e entramos. Tava lá nós, crianças, olhando os brinquedos e chega um vendedor perguntando da onde a gente era. Respondemos Brasil e ele falou que tinha um vendedor que tinha morado no Brasil. Ai beleza, esperamos lá e o cara chegou. Falando normal assim. Achamos que era brasileiro. Dae ele fala que não, que tinha morado no Brasil por 2 anos, numa cidade do interior de São Paulo. Falava muito bem. Ai batendo papo lá, a gente descobre que foi ele que gritou "Vai Corinthians" no dia anterior! hahahahaha Muito foda!

Continuamos andando nessa rua e achamos uma igreja numa ruazinha que cortava essa rua. Pra começar tinha uma puta placa falando "This is not a church". Beleza. E ainda tava escrito que aquele dia a entrada era de graça. Não tinha nada a perder e a gente entrou. A primeira sala era um bagulho bizarro. Tinha duas paredes circulares, com uma projeção em uma e duas na outra. Dae começa a mostrar umas páginas de livro sobre canibalismos e rituais malucos lá. Dae, de repente, começa um vídeo de uma festa na laje de uma favela no Rio de Janeiro. Galera fazendo churrasco, cantando e dançando. Tinha até um tiozão com a camisa do Fluminense. Que bagulho bizarro. Meio que tava comparando os rituais de canibalismo com a festa na laje do Brasil hahahahaha Ai tinha um bagulho maluco que era um pau com uma placa circular de madeira, em que eles colocaram 3 câmeras em cima. Dae ficavam girando aquilo durante a festa e gravando. Ae uma hora mudou a imagem e começou a mostrar em cada projeção a imagem de uma câmera. E aquilo tudo girando. Caguei de medo hahahhaha Fomos visitar o resto do museu e só tinha coisas bizarras. Tinha uma parte que tinha uma tv e areia no chão e um banco no meio hahahaha Tipo praia, sei lá. Uma outra sala lá mostrava um açougue, com os porcos lá pendurados hahahahaha
Copenhague, Dinamarca
Saímos correndo de lá e continuamos a andar até chegar num canal que dava pro mar. Tava tocando jazz e a gente ficou um tempo lá. Depois disso a gente andou pra cacete até uma parte meio afastada do centro. Tem um parque do exército lá, onde tem um moinho de vento que, pelo Trip Advisor, era uma das melhores coisas pra fazer em Copenhague. Chegando lá, era legal, mas não é nada demais. Mauricio e Gustavo tomaram bronca do militar lá porque estavam andando na grama hahahah. E do lado, a maior atração de Copenhague (só que não): A Pequena Sereia. O escritor original da Pequena Sereia era de lá. E pra isso fizeram a estátua dela lá, no mar. Só que é uma bosta aquilo hahahaha Tipo, é uma estátua 'pequena' no mar, em cima das pedras. Ai tava lotada de turistas e não dava pra tirar fotos direito hahahahha
A Pequena Sereia
De noite, foi um dos rolês mais legais que a gente fez durante a viagem. Ficamos bebendo no hostel e chegou umas minas que eram amigas de uma outra que tava trabalhando no hostel e a gente ficou batendo papo. Uma das coisas legais foi que a gente aprendeu como que se fala "Saúde!" em dinamarquês. Lembro mais ou menos como se fala, mas não faço a mínima ideia de como se escreve. É uma palavra utilizada pra crânio. Acontece que os vikings quando ganhavam uma batalha, cortavam a testa do indivíduo e usavam o crânio como taça. Bem bonito. Dae brindavam com isso! Dae ficou o nome. Pelo menos foi o que contaram. Não sei se um dia conhecerei outro dinamarquês pra confirmar a história hahahaha

No sábado de manhã fomos para Estocolmo, na Suécia. Chegamos e pegamos um shuttle até a cidade. Saímos pra comer. Comemos num restaurante muito da hora, tipo Outback. Pedimos dois pratos com um mix de carne pra nós três e comemos pra caramba. Depois fomos passear. O Gustavo também tinha ido pra lá e estava nos guiando. Na volta encontramos a melhor loja de Estocolmo:
Melhor loja de Estocolmo
No dia seguinte, acordamos e fomos fazer o Free Tour pela cidade. No meio do caminho conhecemos a Leticia, uma brasileira que tava viajando sozinha por Estocolmo, faz Produção na Unicamp (veterana do André), e que tava em intercâmbio em Porto. Foi da hora o tour, com algumas curiosidades, principalmente sobre a cidade, a família real (que tem uma meio-brasileira como rainha) e o prêmio Nobel. Na foto abaixo tem um bonequinho minúsculo em metal, que fica perto de uma igreja. Tem todo um rolê pra esse boneco. Tipo, dar dinheiro, esfregar na cabeça e dar 3 voltas em torno dele. Fala que dá sorte, dinheiro e que faz você voltar pra cidade. Bom, tive que fazer, pra poder voltar pra pegar meu Nobel depois hahahaha


De tarde fomos no outro Free Tour, que visita a parte antiga da cidade. Observação pra quando a gente chegou perto do grupo de Free Tour. A guia muito bonita e tal, a gente lá olhando pra ela, ai chega a Leticia: "Nossa, que tênis horrível!" hahahaa só mulher pra reparar nisso mesmo hahahaha
Palácio real
De noite a gente foi até o hostel da Leticia, onde a gente ficou conversando e ouvimos a mais bela história sobre o Snape que só o Maurício poderia contar. Saímos umas 3 da manhã de lá e o sol já tava nascendo!
3 da madruga na Suécia
No último dia acordamos mais tarde e saímos pra visitar o que faltava. De noite saímos, mas era segunda e foi difícil achar bares abertos. Achamos um bem longe, mas ficamos pouco tempo lá também.

No dia seguinte, terça, 16/07, fomos de tarde para Helsink, na Finlândia. Também iríamos embora no dia seguinte, então logo saímos pra visitar a cidade. Andamos pra cacete naquele dia, sempre seguindo o Trip Advisor. O foda é que às vezes ele mostra uns lugares muito nada a ver pra conhecer. O rolê mais da hora foi quando a gente tava passando na frente de um prédio (que eu nem sei o que era), com várias colunas tipo gregas (não conheço tanto arquitetura assim), e duas meninas apareceram, uma tirou um cartaz, que tava escrito algo do tipo "You cannot tell me what to do" e tiraram foto na frente daquilo. Só que elas foram tipo muito rápidas, tipo que com medo de estar fazendo aquilo. hahahha Alguém que tem isso pra dizer não deveria estar com medo de fazê-lo hahahaha
Helsink
No dia seguinte a gente acordou cedo e foi terminar o turismo. Fomos pra outra parte da cidade, perto do mar. Tem uma igreja bem bacana e no dia tava tendo uma feira, de comidas e artesanato. Entramos na igreja (olhem a foto, tem degrau pra caramba!). Depois pegamos um barco até uma ilha ali perto, que é patrimônio da UNESCO. Bem bacana a ilha. Ainda mais no verão.
Helsink, Finlândia
No final da tarde a gente pegou um cruzeiro até St. Petersburgo, na Rússia. Isso mesmo, RÚSSIA!
Primeira etapa, chegar até o porto. Tava tendo tipo uma festa na orla do mar, com várias barracas de comida e vários barcos parados lá. Sem noção do que era. Uma das barracas tinha a bandeira do Brasil e os dois quiseram ir lá falar com eles. Deu que o Maurício resolveu contar nossa vida pra eles hahahaha Que a gente tava estudando na França, de onde éramos no Brasil, as cidades que a gente tava indo, nosso RG, CPF, passaporte... hahahaha
Segunda etapa, fazer check-in e passar pela alfândega. Primeiro que na hora do check-in a tia implicou que a gente tinha pago o jantar errado, infantil. Ae tivemos que pagar mais 14 euros pra ter o jantar. Só o Gustavo que escapou disso. Na hora da alfândega a gente passou separado. Ae eu entreguei o passaporte e o guarda carimbou ele. Na hora dos outros dois eles ficaram uma meia hora lá pra serem aprovados. E eu lá do outro lado esperando. Não ousei voltar pra ver o que era hahahaha Nós achamos que o problema foi que os policiais não sabiam de onde que a gente tinha vindo. Isso porque desde o começo da viagem a gente não tinha recebido nenhum carimbo no passaporte (nem mesmo verificaram os nossos passaportes, já que os check-ins foram online). E eu passei porque tinha um carimbo recente de quando tinha entrado em Londres, ai eles devem ter pensado que eu tinha vindo dali.

Enfim entramos no barco. Achamos o quarto (eu fiquei separado dos outros dois). E fomos esperar pra janta. Ficamos lá no deck fazendo nada, com um monte de gaivota que seguia o barco. Na hora da janta, meu deus, quanta comida! Podia comer à vontade e a gente ainda tinha pagado mais dinheiro nisso. Fomos comer pra valer a pena hahahaha Tava muito bom tudo. Com frutos do mar e tudo. Tinha vinho à vontade também. O ruim é que eu comi tanto que na hora de dormir não tava rolando. Barriga cheia e o cruzeiro balançando, foi foda. Acabou que eu saí antes do quarto e fui esperar o jogo do Corinthians contra o São Paulo, final da Recopa. Comprei a internet lá, mas tentei de tudo e não consegui conectar de jeito nenhum. Só pelo lance a lance do GloboEsporte.com, mas mesmo isso tava demorando pra carregar. No segundo tempo eu desisti e fui dormir.
Princess Maria
Dia seguinte chegamos em St. Petersburgo e passamos por uma fila enorme pra passar na alfândega. Sem problemas dessa vez, tirando o medo de passar pela cabine dos russos hahahaha Saímos, sacamos dinheiro e pegamos uma van até a cidade. Fomos até o hostel e aconteceu uma coisa bizarra, mas que é normal na Rússia. Na hora de pagar a gente só tava com nota grande, porque tinha sacado do ATM. E a tia não tinha troco. Só que pra pagar no cartão tem mais 5% de taxas. Os outros dois pagaram, mas eu não quis não. Recebi um milhão de moedas em troca hahaha. O foda é que a moeda lá ainda é desvalorizada, e eles ainda tem moedas bem pequenas, que não valem nada, nada mesmo. Tentamos usar a net do hostel, mas não rolou. Tinha uma cadeira que era "o melhor ponto pra conectar à Internet", e mesmo assim era difícil. Impossível, na verdade.

Uma coisa muito engraçada é o alfabeto russo, que é diferente do nosso. Tipo, tem umas letras iguais, mas que não tem o mesmo som. Tipo, o P é o R nosso. E ainda umas outras letras tipo o beta. No mapa do hostel tinha a equivalência de sons, e a gente pela lógica foi pegando a relação também. Muito engraçado. Todo mundo tentando ler as coisas em russo. Mais engraçado era quando as coisas faziam sentido. Tipo quando a gente leu restaurante, ou então croissant! hahahaha Mais engraçado é que parecíamos crianças tentando ler, logo depois que aprende as sílabas.
Catedral em St. Petersburgo, Rússia
Esperamos o Lucas (Unicamp - Centrale Marseille) chegar e fomos passear. À partir de lá o Lucas nos acompanhou até o fim da nossa viagem. Primeira coisa que fomos visitar foi o Kremlin 1. Na verdade alguém falou que Kremlin é 'fortaleza', em russo. Não sei se é verdade, mas acreditamos. Só que tudo pode ser uma fortaleza, e era a única coisa que eu sabia que tinha na Rússia hahahahaha Para nós era tudo Kremlin ali huahahuauha
Engraçado que essas igrejas da Rússia a maioria são pagas pra entrar. E é de um estilo diferente. Os desenhos nas paredes parecem ser tudo iguais, de formas simples. Mas nem por isso não tem ostentação. Várias peças de ouro e tudo. O porém é que, visitando uma, as outras são tudo iguais hahahha


Outro role bastante comum em St. Petersburgo é casal de noivos. Sei lá, parece que o role quando vai casar é sair pelas ruas com vestido de noiva e tirar foto com tudo. Vimos bastante casal pela cidade. Um que foi marcante foi quando a gente tava nesse parapeito da foto acima e embaixo tinha uma 'calçada' e depois o rio. E um casal de noivos lá tirando fotos. A primeira coisa é que passou um grupo de chineses e um tirou sarro que a lente da câmera dele era maior do que a do fotógrafo profissional que tava tirando as fotos do casal hahahahaha Outra foi que eles tiraram tantas fotos ali que a gente achou que tinha alguma estátua, sei lá, embaixo, que não dava pra ver lá de cima. Demos a volta e descemos. Quando chegamos lá, que decepção, não tinha porra nenhuma (foto abaixo).


Na parte central da cidade tem o museu Hermitage, que fica numa praça gigante, com um obelisco no meio e esse prédio da foto abaixo do outro lado.

O Hermitage a gente visitou no dia seguinte. De graça para estudantes. Uma outra coisa que acontece na Rússia é que na maioria dos lugares culturais assim o comprovante de escolaridade normalmente é a carteirinha internacional ISIC. Se não for isso não vale. Mas no Hermitage aceitaram a carteirinha francesa. Entramos. Falaram que lá tem um dos maiores acervos do mundo, tão grande quanto o do Louvre. Vai saber né.
Mas a melhor história aconteceu no meio do museu. Estávamos lá olhando as obras quando os moleques falaram que tinha um cara que era igual ao Cristóvão Buarque. Beleza, olhei pra ele e realmente era igual. Tava num grupo de velhos e o guia tava falando em francês. Ai eu continuei olhando as coisas e eles ficaram lá. Uma meia hora. Chegavam perto dele, riam e saiam. Ae quando eu sai eles foram falar com ele. "Excuse me sir, but where are you from?". "Brazil". Ae os dois, Mauricio e Gustavo, olharam um pro outro, quase rindo e falaram "Cristóvão Buarque!". Ai conversaram com ele e tudo. Quando eu voltei, porque tavam demorando, ele veio, me cumprimentou "Prazer, professor do Brasil". A gente trocou uma ideia e depois a gente deixou ele em paz.
São Jorge, no Hermitage
Depois a gente foi em um parque muito da hora lá. Tipo, Era cheio de fontes e tal. Cada 'esquina' tinha alguma coisa. Aqui embaixo eu pus alguma das fotos. Tinha uma 'rua' com vários deuses romanos. Uma parte com as estações do ano.


Ah, uma coisa que eu esqueci de falar e não encaixa no texto. Tava eu dormindo no hostel e sinto alguém me cutucando. Dae acordei. Fiquei meio mal né, de estar roncando no quarto com mó galera. Só que eu não consegui mais dormir. Só que tinha outra pessoa roncando no quarto. Dá um tempo, eu tentando dormir, e vem o filho da puta e me cutuca de novo. Que filho da puta! Não consegue dormir, vai dormir num hotel e não num hostel!

A viagem até Moscou foi feita de trem. Sim, trem. E pra melhorar, fomos de trem noturno. Sim, trem noturno! 7 horas de viagem até lá. Detalhe que a gente não tem nem noção da língua russa. E a maioria deles, normalmente os mais velhos, não tem nem noção de inglês. No trem lá a gente comprou as passagens, mas não comprou a roupa de cama, que é obrigatória (se é obrigatória, podia já por o valor dentro do preço da passagem né, mas beleza). O cobrador viu, e tentou falar com a gente sobre isso. Só que a gente não tinha entendido porra nenhuma. E ele viu que a gente não entendeu, ao invés de fazer mímica, sei lá, ele travou. Ele saiu, voltou e não resolveu. Até que uma menina, de uns 14 anos, que sabia falar mais ou menos inglês, pegou e ajudou a gente, traduzindo o que ele falou e falando o preço. Ela tava mó feliz. Nunca deve ter achado que ia usar o inglês na vida hahahaha Depois ainda ela traduziu a nossa conversa com um russo que gostava de futebol. Falou da copa no Brasil, dae eu perguntei qual o time dele na Russia, ele falou que era o Zenith, dae eu falei do Hulk e tal.
Dentro do Kremlin
Choveu a maior parte do tempo que a gente ficou em Moscou. E a gente também estava bem cansado. Acabou que a gente ficou a maior parte do tempo no hostel hahahaha Saímos pra conhecer a cidade, mas só vimos os pontos principais. Dentre eles, o verdadeiro Kremlin. O verdadeiro Kremlin é uma fortificação no centro da cidade, todo murado, que hoje é a sede do governo russo. Além disso tem todo um complexo lá, não sei com o que, e um tanto de igrejas e museus. Visitamos um museu que mostra as armas da Rússia antiga, da época dos imperadores e tal. Muito bacana. Depois ainda vimos as igrejas que tem lá dentro. Tudo igual hahhaha.

Depois fomos visitar a Praça Vermelha, local marcante durante o período socialista da Rússia. É lá que o Lênin tá 'enterrado'. Eu não vi, mas digo 'enterrado' porque as pessoas que me falaram dizem que fizeram alguma coisa com o corpo dele, que ele ficou preservado, então dá pra ver ele lá deitado mesmo.
Mausoléu do Lênin
Na Praça Vermelha ainda fica a Catedral de São Basílio, que é uma das primeiras coisas que você se lembra sobre a Rússia, embora quase ninguém saiba o nome hahaha Tínhamos que entrar, mas como eu disse, é quase como todas as outras igrejas ortodoxas por dentro.
Catedral de São Basílio
Num outro dia a gente saiu pra passear num parque perto do hostel. Choveu uma hora também, mas é bacana o parque. Tinha uma nave especial russa lá e também esse monumento (que eu não sei o que é, nem o nome) da foto abaixo.


Pra voltar da Russia a gente resolveu passar pelo Reino Unido. Primeiro que é o lugar que tinha voos baratos e depois que ainda poderíamos conhecê-lo. Durante o voo da EasyJet eu fiquei brincando com um bebe inglês da cadeira da minha frente. Primeiro ele ficava olhando pra trás e eu me escondia e depois dava um susto nele hahaha Ele gargalhava. Depois ele ficou me dando os brinquedos dele e depois falava "mine". Muito fofo hahaha Ai ele ficou com sono e ficou chato.

Chegamos primeiro em Manchester, na Inglaterra. Bem legal a cidade, mas não tem muita coisa pra fazer também. Era uma cidade meio que industrial, então não foi voltada pro turismo. Um dos dias a gente foi visitar o museu de ciências e da indústria. Muito foda. 4 engenheiros lá vendo máquinas e tal. Só dá pra imaginar hahahaha Além disso tinha uma parte de ciências, que tinha uns jogos e tal, de ilusão de ótica e essas coisas. Foi lá que eu comprei o meu cubo mágico de sudoku. É um cubo mágico só que ao invés das cores ele tem números de 1 a 9. A dificuldade é que não dá pra saber onde por cada peça, porque não tem mais o referencial das cores. Então ai tem que resolver o sudoku.
Cubo mágico de sudoku
No outro dia a gente foi com o André e com a Gabi, amiga do André da Unicamp, que ta em intercâmbio em Manchester, visitar a cidade. Visitamos a biblioteca John Rylands, um prédio bem antigo, que tem um fragmento do Novo Testamento nele. Depois fomos no Museu do Futebol de lá, mas não deu pra ficar muito tempo porque chegamos a meia hora de fechar. Parece bastante com o museu do futebol do estádio do Pacaembu. Não fomos no estádio do Manchester United. Primeiro que era caro e longe da cidade, e depois que ninguém ia querer ir comigo lá mesmo hahahaha

No outro dia fomos para Edimburgo de ônibus. Mas fomos passando em Glasgow, porque saía mais barato. Tipo, se olhar as passagens saiu tipo 5 libras no total. Muito barato mesmo. Tinha até wifi no ônibus! Nossa parada em Glasgow durou umas 5 horas, e deu tempo de dar uma volta pela cidade. Não tem muita coisa pra ver. Demos uma volta pela cidade e lá pelas 5h30 a gente entrou num shopping pra jantar antes de pegar o ônibus.
Acontece que a gente sentou lá e eram ainda 5 e pouco. Falei que não tava com fome e ia esperar dar 6 horas pra comer. Porque dai já seria noite também né hahahaha Foi chegando perto das 6 horas, todos os lugares pra comer foram fechando. O rolê de pizza que eu ia pedir fechou e eu fiquei sem. Tive que sair correndo pra conseguir pedir um Burger King. Imagina, todos os restaurantes fecharam às 6 horas!!!
Edimburgo, Escócia
Chegamos à noite em Edimburgo, na Escócia. Muito da hora a cidade. Estilo medieval, com um castelo bem louco no topo de uma montanha. Fomos pro hostel, que fica do lado do castelo. Tá entre um dos melhores hosteis do mundo. Animal! Primeiro que tem vista pro castelo. Depois que o próprio hostel fica numa construção medieval e é todo decorado em cima disso. Sem nada pra fazer fomos dar uma volta à noite pela cidade. Andando, eu encontrei um restaurante chamado The Elephant House. Pra zuar a Dani eu trirei uma foto, que não dá pra ver nada. No dia seguinte que a gente foi fazer o Free Tour, a mulher explicou que esse era o café onde a JK Rowling escreveu o primeiro Harry Potter!
The Elephant House, onde JK Rowling escreveu o primeiro Harry Potter
 Atrás do The Elephant House tem um cemitério. A guia nos disse que um professor da JK Rowling falou pra ela que se estivesse escrevendo uma história e não tivesse ideia de nome pra personagem, pra ir num cemitério que tem um monte. Nesse cemitério ai tem o Tom Riddle e um McGonagall. O do Tom Riddle não é bem assim que se escreve o nome, mas vai saber né. Nesse cemitério também tem a sepultura de um cachorro que ficou famoso porque quando o dono morreu ele ia lá todos os dias no lugar onde ele tava enterrado. Dae a população da cidade gostou da história e ia lá e dava comida pra ele.

 No outro dia a gente entrou no castelo. Muito legal lá dentro e tudo. Lá dentro tem as jóias da Coroa Escocesa, que são uma coroa, um cetro, uma espada e... uma pedra! hahaha A pedra tem uma história muito engraçada. Tipo que falam que ela é mágica e simboliza o poder da Escócia. Dae quando a Inglaterra conquistou a Escócia eles pegaram e levaram ela pra Londres. Ae uns estudantes escoceses malucos pegaram e roubaram a pedra pra levar de volta pra Escócia. Só que no meio do caminho eles Quebraram a pedra! E ela tá lascada até hoje! hahahaha Agora tá tudo exposto no Castelo. Outro rolê da hora é o tiro de canhão que acontece todos os dias, acho que às 13h. Na verdade saem fogos de artifícios, mas é legal de ver.
Outra coisa marcante na Escócia foi o Pizza Hut. Buffet e pizza à vontade no almoço por um preço bem barato. Comemos duas vezes lá! hahahaha Acima tem a foto dentro da Scotch Whisky Experience. Tem um role de carrinho que mostra como que os whiskies são feitos e depois tem uma degustação. Não acho que vale a pena visitar não. Legal é ver a coleção de whisky no final (foto).

De lá fomos para nossa última parada da viagem: Dublin, na Irlanda. Fomos de RyanAir até lá. A cidade não tem muita coisa legal assim pra visitar não. Fizemos o Free Tour, mas não me lembro de nada que me chamou muito a atenção hahaha
Tem os pubs de lá, o mais conhecido é o The Temple Bar. Quando eu e o Gustavo fomos lá tava lotado de gente e uma banda da hora tocando. Quando a banda parou de tocar esvaziou um pouco e a gente conseguiu até sentar lá. No outro dia a gente fez o pub crawl lá também.
Lucas, Mauricio, eu e Gustavo
No último dia a gente foi na fábrica da Guinness, aquela cerveja preta. Achei legal, você ve todas as etapas de fabricação da cerveja e depois toma dois copos. Legal também é que você pode tirar o seu próprio pint. Tem um rolê especial, porque uma hora você usa um tipo de gás e no outro um outro tipo. Dae tem que tirar o primeiro, esperar decantar e depois completar o copo com o outro.

Pra voltar foi eu e o Gustavo pra Paris e o Mauricio e o Lucas direto pra Marseille. Nosso voo chegou em Beauvais, mas a gente não conseguiu pegar o primeiro ônibus pra Paris, então teve que pegar o próximo. Quando chegou em Paris, era 11h e eu tinha que pegar meu trem pra Lyon às 11h45. E ainda tinha que chegar na estação, pelo metrô. Cheguei tipo 11h35 lá e fui imprimir meu bilhete que tinha comprado pela internet. Mas deu problema com o cartão e eu tive que trocar de máquina. Peguei rapidão e fui correndo pra plataforma. Meu vagão era um dos últimos e eu correndo com meu mochilão de 10 kg nas costas até lá. Até que uma hora eu desisti e entrei em qualquer um, pra ir por dentro do trem. Sorte que eu entrei pela parte certa e consegui chegar no meu lugar. Mas mesmo assim não deu tempo de renovar a Carte Jeune, que tinha vencido no dia anterior. Sorte que o tiozão liberou pra mim hahahaa

Longa história pra uma longa viagem.

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