quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Vichy- Cavilam 1

Não sei bem como vou fazer isso... Acho que vou manter em forma de tópico e vou contando as coisas assim. Não dá pra manter uma ordem certa. Dai envio mais ou menos o que aconteceu na semana.


  • Chegamos em Vichy no horário (umas 16h). Na lojinha da estação tava tocando "Ai se eu te pego", outra praga mundial.
  • Vichy é uma cidade do interior da França. Achei que num ia ter nada pra fazer, uns "capial", feno rolando, mas a cidade realmente bomba aqui. Por causa do Cavilam.
  • Vocês certemente conhecem Vichy. Tem uma fabrica de cosméticos aqui. Parece que a água daqui é medicinal. O que importa mesmo é que é melhor do que a de Paris.
  • O Cavilam é uma escola de língua francesa, que está entre uma das melhores daqui. A BRAFITEC pagou nosso curso. Vem gente do mundo inteiro pra cá. É tipo uma Torre de Babel, só que com cotas pra asiáticos e pra brasileiros. Eu devo tá aqui por causa disso... roubei 2 vezes na fila.
  • Na estação uma mina do Cavilam ligou pra minha mère (mãe em francês), que chegou em uns 10 min.
  • Resolvemos ficar em casa de familía. Primeiro porque todo mundo fica, deve ter um motivo. Depois porque vai ser a única oportunidade de conhecer a fundo a cultura francesa e seus hábitos. Na minha família só tem uma mulher, Nathalie. 
  • Francês tem a superstição de não deixar o pão virado pra baixo... dizem que dá azar.
  • Por enquanto tá valendo muito a pena ficar em casa de família. A mère aqui fala muito, muito mesmo. É bom, porque você vai pegando o jeito e acostumando o ouvido. Mas depois fica chato, tipo quando ela fala pela vigésima vez a mesma coisa huauhahua. To conseguindo tomar meus 2 banhinhos por dia e tudo. Ela vai lavar minhas roupas e tal.
  • O banheiro aqui em casa é dividido em 2: um que tem a privada e pia, e o outro, que tem chuveiro e pia. Isso pode ser muito ruim.
  • Aqui em casa também tem uma mexicana junto. No dia que eu cheguei tinha uma chinesa e o marido dela. Diz que essa mina ae ficou aqui em casa uns 8 anos atrás, e agora mora em Paris, parece que trabalha no HSBC e tudo. A mina até que não, mas o marido dela fala um francês totalmente difícil de entender. Esse cara ae me perguntou sobre o Tropa de Elite.
  • A Nathalie nos levou para uma feira de usados, que ela ajudou a organizar. Tipo, os franceses pegam todas as tralhas velhas que tem em casa e levam lá. Parece que não conseguem vender muita coisa não hauahhuahua O chinês tava maluco atrás de um CD não sei do que. Juro que não consegui achar nada pra comprar.
  • Depois, quando acabou, a gente ficou pra beber um vinho e comer um pão recheado com presunto. Até ae beleza né. Dae a gente foi "convidado" a ser voluntários e ajudar a recolher o lixo. O esquema era pegar os sacos de lixos das cestas (até ae ça va), mas também o lixo que os franceses deixaram no chão, o que incluia uns papeis e até uma fralda descartável.
  • Na segunda de manhã tem uma recepção no Cavilam, e eles fazem um teste de nível, pra ver qual sala você fica e tal. Não sei bem como que funciona esse esquema, mas ele não é muito bom. Fiquei num nível acima do da galera, o que obviamente não é o certo. Também ali que você escolhe o seu "atelie", tipo uma oficina, onde treina o que você acha que precisa. Eu escolhi o de comunicação oral pra essa semana.
  • To me virando bem com o francês. É bem verdade que a maioria aqui não é francês, mas to entendendo quase tudo da aula, assim como o que a mère fala em casa. Dá pra se virar na hora de comunicar, falta vocabulário, mas com umas mimicas e ajuda dos brasileiros, dá tranquilo. Acho que nunca falei tanto uma palavra quanto "oui", "merci" e "d'accord".
  • Cara, tem bastante mina gata aqui. Não sei se é consequência da Poli, mas tem. Vira e mexe você vê umas impressionantes. Tem umas loirinhas de olho claro... Suécia, Suíça, Russia... E também tem aquelas que são mais exóticas.
  • Na terça teve nosso primeiro futebas. Tinha uns brasileiros, uns chineses, mexicano, venezuelano, suíço, italiano, e um francês do Cavilam. A bola era um cocô. Pingava mais do que devia. E a quadra era tipo um asfalto, cheio de pedrinha. Cair ali era deixar sua pele no chão. Tava muito quente e o tempo por aqui é meio seco. Somando à minha falta de forma física, morri em uns 10 min. Mas ainda dei 2 chapeus nos caras... um no mexicano que torcia pra La U, e o outro num oriental (acho que era coreano) suicída lá. Dividi uma bola com ele e torci meu pé, mas ganhei a dividida huahuauha. Foda foi depois pra comprar um "gelol". Não sei como que fala isso em português. Mas com jeito conseguimos fazer.
  • Impressionante ter um dia de 16 horas de sol. Perde-se totalmente a noção e tudo. O dia dura infinito. O pessoal aqui parece gostar muito do sol. To com medo de como vai ser o inverno. De noite e de manhãzinha faz um friozinho... perfeito pra conseguir dormir. E de dia faz um puta de um calor, e eles não tem um ventilador ou ar condicionado na sala. Fica muito quente.
  • O tempo aqui é muito seco. E dizem que não é o mais seco de todos.
  • Na noite de terça eu fui no teatro. A mère do Luis F. deve ter ficado preocupada porque ele ficou trancado no quarto estudando na segunda, que mandou ele sair na terça. Só que ele escolheu o teatro, e levou o idiota aqui junto. Mas não foi tão ruim. O teatro lá era de graça, a gente só pagou o ônibus. Era a céu aberto e entrava quem quisesse. Bem à la française. Antes de começar o cara falou que iam servir uns comes e bebes. Era tipo um pão de forma com patê e pra beber era um drinque lá com vodca, muito bom. O teatro em si a gente não entendeu quase nada (o buraco é mais embaixo), principalmente porque umas partes eram cantadas, ai ferrava de vez. Mas a ideia geral deu pra pegar, pescando algumas palavras e vendo a encenação. 
  • Em francês não existe algumas palavras que tem em português. A principal é "barato". Simplesmente não existe. Pra falar que alguma coisa é barata, eles utilizam o "pas cher" (não caro), ou "moins cher" (menos caro), ou "bon marché" (bom negócio), o que indica que nada aqui é muito barato a ponto de criarem uma palavra pra isso.
  • Não consigo mais falar em inglês. Precisa fazer um grande esforço pra isso, mas mesmo assim sai em francês huahuhahahu Entender o que falam de boa. Acho que se alguém fizer uma frase misturando português, inglês e francês, eu vou entender como uma coisa só.
  • Na quarta teve a "soirée brésilienne". Foi uma festa organizada pelos brasileiros. So tocou música brasileira. Engraçado ver os gringos dançando as musicas que eles não tem a minima ideia do que significa.
  • Os franceses pelo jeito não gostam muito de carro, sei la. Achei que ia ter muito carro da hora aqui, mas tem bastante carro tipo comum e muito velho tambem. Um Pegeot 208 ou um C3 custa 5 mil euros por aqui. Os mais da hora por aqui são os Audi. Eles respeitam muito os sinais e placas.
  • Fiz umas compras, com um monte de bolacha doce e tal e saiu tipo 11 euros. Barato pra caramba.


Nenhum comentário:

Postar um comentário