Passado a seleção, o novo problema era conseguir uma bolsa pra conseguir sobreviver na Europa. Basicamente são 2 bolsas disponíveis: a Eiffel e a Brafitec. A Eiffel é organizada pelo governo francês e é excelente: 2 anos de bolsa, dois meses de curso intensivo de francês e tudo organizado. Já a Brafitec...
Todo mundo se inscreve na Eiffel. Tem que enviar um monte de documentos e esperar. Dos 12 Centrales da Poli, 5 ganharam.
Já os que não conseguem a Eiffel, ganham a Brafitec. A Poli tem vários convênios da Brafitec com as escolas francesas. As Centrales tem mais gente do que bolsa, mas acaba sobrando das outras escolas, e todo mundo acaba ganhando.
Mas esse ano eles resolveram mudar tudo. Antes mesmo de sair o resultado da Eiffel, a gente foi avisado que eles iam pedir certificado de proficiência, nível B2 (do Quadro Europeu de Línguas: A1, A2, B1, B2, C1, C2, sendo C2 o melhor). O problema é que a gente foi avisado tão em cima que não tinha mais data pra fazer o teste oficial antes da inscrição. Eu, que tinha começado a estudar francês no começo do ano, com certeza não tinha esse nível. Acabou que eles resolveram aceitar um certificado emitido pelo curso de línguas da faculdade, o CFI. Eles iriam dar um curso só pra duplo-diplomandos, e antes da inscrição, um teste de nível. Isso foi bom pra mim, porque eu passei a fazer aula 4 vezes por semana (seg. a qui.). Por fim, com todo mundo reclamando, eles acabaram retirando, e não precisou mais do teste. Mas provavelmente ano que vem vai precisar mesmo do teste. Fiz o teste e fiquei com nível B1, um milagre, pra quem tinha 4 meses de aulas.
Depois veio a notícia que eles pagariam uma bolsa de até 2 meses, proporcional ao tempo em que faríamos um curso intensivo de francês. Primeira vez que ofereciam isso. A gente se inscreveu no curso do Cavilam, mas eles resolveram depois que só iriam pagar o curso. Até ai beleza, porque a gente saiu ganhando o curso, o que não tinha antes, mas deixou de ganhar um pouco a mais.
Outra coisa boa foi a duração da bolsa: o acordo era de 10 meses, mas a gente ganhou 12. Uma possibilidade agora é conseguir aumentar pra 18 meses, com a bolsa Ciência Sem Fronteiras, mas isso só ano que vem pra saber. Diz-se que se não conseguir essa, ainda tem a bolsa USP pra completar.
De resto, tá tudo certo pra viagem: passagem, seguro saúde, passaporte, visto...
A gente embarca dia 26/7 e fica ainda 2 dias em Paris, antes de ir pra Vichy, onde faremos um curso intensivo de francês por 1 mês.
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| Job Fair Centrales: Poli + UFRJ + UFRGS |
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