quinta-feira, 23 de maio de 2013

Alemanha- Natal e Ano Novo

É, no final do ano decidimos ir pra Alemanha.

Acontece que a Alexandra estava preparando a sua 'viagem dos sonhos' e a gente entrou nela, pra transformar em pesadelo huahuahuauha
Foi eu, a Alexandra, a Isabella (irmã da Ale), o Luis, o Guegs e a Liana.



Pra começar, fomos de trem. As passagens de avião estavam ficando caras, principalmente as de ida e volta. Então vimos o Eurail, que é uma passagem de trem que te dá viagens ilimitadas pela Europa. O pacote que a gente comprou dava 15 dias consecutivos em 23 países da Europa. Valia muito a pena, visto os preços das passagens. Reservamos alguns hosteis e viajamos.
Detalhe pras restrições: o Natal tinha que ser em Nuremberg, que tem a feirinha mágica, o Ano Novo em Berlim, que tem o maior Reveillon do mundo, e tínhamos que ir até o Castelo de Neuschwanstein, o que inspirou o castelo da Disney.

Começando bem a viagem, fizemos um jantar no X1 pra ajeitar as últimas coisas e pra complementar, eu e o Luis viramos a noite ajeitando uns detalhes no aplicativo que a gente fez. 5 horas da manhã saia nosso ônibus daqui da École. Presença ilustre do Zé e da mãe dele. Eles iam passar as Festas em outro lugar, mas até pegaram o mesmo trem que a gente. A ida até a estação foi só risada com eles huahuahua Chegando lá, a gente foi validar o Eurail no guiche e embarcamos.

Stuttgart- Cerveja alemã, pra variar
 Primeiro destino: Stuttgart. A cidade foi escolhida por ficar no meio do caminho entre Lyon e Nuremberg. A viagem direta ia ser muito longa e cansativa, dae a gente resolveu quebrar em 2 dias. Com duas conexões no caminho, chegamos a Stuttgart. A cidade é pequena, sei lá, não tinha muitas coisas pra fazer. Chegamos, pegamos um táxi de 6 pessoas até o hostel, deixamos as coisas e fomos turistar. Tava rolando uma feirinha de Natal lá. Comemos um sanduiche de linguiça (sim, os alemães curtem comer linguiça) e tomamos um chocolate quente lá. Tava chovendo, então não deu pra aproveitar direito a feirinha. No final da noite a gente arranjou um bar chamado "Classic Rock", onde a gente tomou umas cervejas que vinham em jarras de 1,5L. No dia seguinte acordamos cedo e fomos conhecer a cidade. Sinceramente não tem muita coisa pra se ver lá não. Tem a parte central, onde tava tendo a feirinha, que tinha a igreja, dois castelos, o Neu e o Altes (novo e velho), além da praça. Além disso, ali do lado tem um parque, que a gente andou. Tinha ainda o museu da Mercedes, mas como a gente ia embora a tarde e ficava um pouco afastado da cidade, nem rolou de ir.
Parque de Stuttgart
A tarde fomos pra Nuremberg. Sim, a cidade que é famosa pelos Julgamentos de Nuremberg, onde os chefes alemães foram julgados depois da Segunda Guerra. Além disso, a cidade tem  toda uma estrutura de feudo: pequena, murada e tal. Deixamos as malas no Hostel e fomos passear. Já tava rolando a feirinha mágica. Como a cidade é pequena, quase toda ela fica cheia de barraquinhas vendendo comidas típicas e lembrancinhas, além de parques de diversão e tal. Pra jantar a gente deu um role e achou um restaurante (detalhe que eram tipo 17h, tava tudo escuro e a gente procurando lugar pra comer huauhhahua). Depois ainda a gente foi prum barzinho, mas nem ficamos muito tempo.
 Dia seguinte eu e o Guegs perdemos o horário e a galera foi fazer as compras pra ceia. Quando saímos, eu e ele fomos conhecer a cidade. Como a cidade é pequena, eu acho que conheci tudo hauahuauhua A gente foi na igreja, depois subimos até uma das torres de observação, do lado do castelo, onde a galera se escondia quando tinha um ataque à cidade. Ainda fomos até o local dos Julgamentos, mas como era véspera de Natal não tinha muita gente querendo trabalhar hahaha. Pra terminar demos um role na feirinha, onde a gente comeu uns esquemas típicos, com linguiça, e também uma batata estranha frita e meio doce, que tem em todo lugar.
Às duas foi todo mundo mudar de hostel, porque a gente tinha visto na net que o outro tinha cozinha, dae ia dar pra preparar a ceia. Descansamos a tarde e depois as meninas foram preparar o jantar. Fotos abaixo. Fui muito bom! Parabéns às meninas! hahaha O Filipe e a Vitoria (Poli-Centrale Lille) também vieram ceiar com a gente. Detalhe exclusivo pro vídeo que elas fizeram (desculpa, mas não vou por aqui não uhahua). Fui eu filmar elas 'cantando' uma música de natal (Mary Cristo, dos Tribalistas). Maluco, que dificuldade! Primeiro que tava as 3 com um chapeu de natal que tinha tipo uma mola em cima. Dae só de ver aquele negócio balançando já dava vontade de rir. E depois elas cantando né. Não conseguimos filmar. Deve ter um milhão de vídeos de making of com a gente rindo. Acabou que eu desisti de filmar e depois o Luis foi filmar.
Ceia de Natal
No dia seguinte almoçamos de novo a ceia e em seguida pegamos um trem para Munique. E lá fomos nós de novo pra Munique, a cidade do Oktober. Não tava rolando o Oktober, mas as cervejas continuaram lá. Chegamos, deixamos as malas no hostel e fomos passear. O ruim de viajar no inverno é o tempo de sol. Não fica bom pra tirar fotos. O tempo também não ajuda. Passeamos pelo centro. O lugar mais da hora o Rathaus (prefeitura), que fica na Marienplatz. Parece uma igreja, mas é a prefeitura de Munique.
Rathaus
Pra terminar a noite a gente tentou ir na feirinha que deveria estar rolando no lugar onde é o Oktober, mas estava tudo escuro. Então, já que não rolou a feirinha a gente foi na cervejaria Hacker-Pschorr. Tava vazio lá e o garçom falava um pouco de francês. Muito gente boa.

Fussen
No dia seguinte a gente resolveu ir pra Fussen, que é uma cidadezinha no sul da Alemanha, onde fica o castelo de Neuschwanstein, que inspirou o castelo da Disney. Sinceramente não vi muita semelhança entre os dois, mas sei lá né. O Filipe e a Vitória também foram com a gente. Bem bacana. Parece que o Rei lá (esqueci o nome) tava construindo o castelo, mas um dia foi pra Munique e sumiu. O castelo tá em construção até hoje (parece que é bonito aqui na Europa o prédio não estar terminado hahaha). 
Subimos o morro a pé, uma puta de uma subida. Fizemos o tour no castelo (na verdade em Fussen tem 2 castelos, mas só fomos visitar o mais famoso). A mulher falava inglês muito carregado do alemão, que algumas partes não dava pra entender. Outra coisa engraçada foi que eu encontrei o Matheus, que estudou comigo no primeiro ano da Poli e que tá em intercâmbio na Alemanha. Mundo pequeno. Comemos no restaurante em cima da montanha e depois voltamos para Munique.
Neuschwanstein Schloss
De noite em Munique a gente foi comer na Hofbrauhaus, uma outra cervejaria de Munique, que a gente tinha ido na tenda no Oktober. Fiz todo mundo provar o famoso joelho de porco. Na verdade todo mundo quis provar porque depois do que eu e o Zé falamos do Oktober, tava todo mundo afim. Comemos e bebemos alguns copos de cerveja (1 litro). Detalhe pra mesa do lado onde rolou uma briga muito da hora. Primeiro que a briga ocorria em alemão. Até pra elogiar alguém em alemão é tenso, agora imagina uma briga. Pois é. Aparentemente era um pai e um filho, mas não dá pra saber ao certo. Começou do nada também, os dois se xingando lá. O moleque muito bêbado também. Rolou umas porradas. E a gente sem poder fazer muita coisa ali do lado e sem poder rir hahahhaha.

No dia seguinte a gente separou meninos e meninas. A gente foi visitar a Allianz Arena, estádio do Bayern de Munique. Elas, eu sinceramente não sei o que foram fazer, acho que compras. Muito da hora o estádio. Tem uma parte que é o museu deles. Fica até sem graça, porque eles ganharam muitos campeonatos alemães, primeiro e segundo turno. Porém, perderam pro Chelsea na Champions, que depois perderam pro Timão no Mundial. Que pena. Mas tinha até uma parte do museu deles onde tinha um vídeo com essa história. Achei legal que eles não esconderam isso.
Museu do Bayern Munchen
A noite a gente procurou vários lugares para comer, mas acabamos voltando pra HofBrauHaus. Beber mais um pouco. Encontramos uma família de brasileiros e ficamos conversando lá.

Museu da BMW
No dia seguinte, sexta, a gente dividiu de novo. Eu e o Guegs fomos no museu da BMW. Animal. Do lado fica a cidade olímpica das Olimpíadas que teve lá em 1972. Tava garoando na hora, então as fotos não ficaram boas. Tinha uma torre enorme lá também que eu não sei pra que servia, talvez televisão mesmo.
O museu da BMW na verdade são dois. O primeiro é um museu onde ficam expostos todos os carros deles que estão à venda, que é gratuito. Tentei comprar um lá, mas tinha esquecido o talão de cheque huauahua Muito da hora os carros. Chegamos na hora que abria, então tava vazio. O problema é que ninguém tava entrando nos carros. Só quando mais gente chegou que a gente viu que podia entrar. Mas ae já tinha bastante gente pra entrar neles. Tinha uma parte de motos também. O outro museu, pago, mostra a evolução dos carro da BMW. Muito da hora também. Vale a pena ir.
Museu da BMW- carro de "tecido"
Na volta pro hostel a gente foi ver a Chinesischer Turm (torre chinesa). Chegamos perto do lugar lá e tava os dois perdidos, olhando o mapa. Dae um senhor alemão passando na rua perguntou num inglês carregado pra onde que a gente queria ir. Quando a gente respondeu ele falou pra seguir ele. Deu as sacolas que tava carregando pro Guegs e começou a andar conversando com a gente. E o medo que bateu nessa hora uhahuahuahuahua. Entramos numa rua perdida lá e começamos a andar. Ele morava do lado da entrada do parque e depois ensinou a gente como chegava lá. A torre em si é da hora. Mas tava no inverno, nublado, e tinha um monte de gente trabalhando lá pra desfazer a feirinha de natal de tinha rolado ali. Então não foi uma experiência útil.

À tarde a gente embarcou pra Dresden: 6 horas de viagem. Depois de dormir, enrolar, fazer tudo possível, resolvi mostrar como que eu manjo de alemão. A mulher do trem avisou pelo sistema de som alguma coisa em alemão, dae eu virei pro Luis: "A gente vai parar daqui a pouco, e a saída vai ser pelo lado esquerdo do trem.". Ele ficou tipo "Como que você sabe isso?". Ae eu falei que entendi a palavra "links"(esquerdo), e deduzi tudo o resto. uhauhauhauhauhahuau Dito e feito. Uns 5 minutos depois paramos e a saída era pelo lado esquerdo huahauhauhahuahua
Chegamos a noite em Dresden e fomos direto pro hostel. Primeiro susto: o hostel tava fechado. Fechava 22h e era tipo 22h15. Fudeu. Já tava pensando em dormir na estação quando o Luis leu um aviso lá pra tocar a campanhia se a recepção não tivesse aberta. Uns 5 minutos depois a mulher veio receber a gente. Muito simpática. Deixamos as coisas no hostel e fomos para a night. A mulher nos explicou onde que tinha uns barzinhos e a gente foi. Mas os barzinhos que tinham lá e que a gente tentou entrar tavam tipo insuportável o cheiro de cigarro. Tipo que não dava nem pra ficar na porta assim. Câncer na certa. Rodamos bastante e entramos num pubzinho onde não tinha ninguém fumando e ficamos por lá.
Da hora de Dresden é que foi a única cidade da Alemanha Oriental que a gente visitou (exceto Berlim, que foi das duas Alemanhas né). Dá pra notar bem a diferença dos estilos e tal.
Theaterplatz de Dresden
No dia seguinte fomos turistar pela cidade. Muito bonita também, com um estilo diferente. Fez até um sol no dia. Entramos na igreja e tal. Na hora do almoço arranjamos um bistro de um hotel pra comer. Coisa fina, mas comemos pizza huauhhua
De noite a gente cozinhou na cozinha do hostel. Frango assado. E depois compramos umas cervejas e ficamos por lá mesmo. Encontramos um australiano que tava viajando umas 6 semanas pela Europa sozinho.
Mas o rolê de Dresden mesmo foi fazer a reserva de trem. Alguns trens que se pega com o Pass tem que fazer reserva. Na Alemanha não precisa, mas outros, como o TGV na França precisa. O Guegs ia de Berlim pra Amsterdam depois do Reveillon e foi lá fazer a reserva. E eu fui junto. Pra variar a tia não falava inglês. Como é a parte socialista da Alemanha, as pessoas mais velhas foram educadas com russo como segunda língua. Dae eu e o Guegs, que também fez um tempo de alemão, começamos a soltar um monte de palavras perdida pra ver se a tia entendia e fazia a reserva pra gente. A tia devia tá se divertindo lá huauaauhahua Depois de um sufoco conseguimos reservar.

Dia seguinte, domingo, fomos para Berlim. deixamos pra reservar o hostel muito perto da viagem e já não tinha hostel no centro. Ficamos um pouco afastado da cidade. Mas nada que pegar metro não resolvia. Chegamos no hostel, deixamos as malas e fomos almoçar. Maluco, muito barato a comida. Pagamos 10 euros em 1 kilo (sim, UM KILO) de joelho e porco com batatas. É verdade que tem os ossos e esse ae também tinha muita gordura, mas é impossível comer inteiro. Depois disso fomos correr achar um supermercado pra comprar as coisas para a festa de Reveillon. Acontece que lá os mercados também estavam fechados. No final achamos um mercado tipo árabe onde compramos as coisas pra fazer sanduiche. À noite a gente resolveu fazer um Pub Crawl. Tem um grupo que organiza, e a vai passando em vários barzinhos, em alguns ganha bebida, e no final entra numa balada. Conhecemos um turco maluco que falava francês e que parecia com o Paolão (Viagem Espanha). A balada foi da hora. Fica do lado do metro. Entramos sem pegar fila porque távamos no Pub Crawl. Encontramos um povo da Centrale que também tinha ido pra Berlim lá dentro. Tinha vários ambientes e tava lotadaço.

Reveillon no Portão de Brandemburgo
Dia seguinte acordamos tarde. Só deu tempo de almoçar, preparar os lanches e partir pro Portão de Brandemburgo. Dizem que é a maior festa de Reveillon do mundo. Sei lá né. Falam pra chegar cedo, porque quando enche não pode entrar mais ninguém. E a gente fez os lanches porque pagar comida lá dentro é muito caro. Chegamos umas 5h30 lá, mas já tava escuro. Já tinha bastante gente, mas não tava lotado. Quando deu umas 8 horas já não dava mais pra andar. Conhecemos uns portugueses malucos lá que conheciam o Liedson hahahahha  também tinha uns italianos idiotas lá e uma francesa que mora em Lyon (mundo pequeno). Tinha umas bandas tocando lá, mas nenhuma assim que eu conhecia. De vez em quando tocava "Ai se eu te pego" e de vez em quando aparecia o cara do Gangnam Style falando no telão, mas ele nem tava lá. À meia noite a tradicional queima de fogos. Depois de um role pra achar todo mundo que tinha se perdido durante a queima de fogos, a gente voltou pro hostel, onde a gente ainda esperou até as 3 horas para acompanhar a virada no Brasil. Abrimos um champagne e tudo.
Reichstag
Brandenburg Tor
 No dia seguinte, primeiro dia do ano, acordamos tarde. Almoçamos e fomos passear pela cidade. Fomos para a parte Oeste. Passamos na frente do Zoologico e entramos no Tiergarten, um parque imenso no meio de Berlim. Tem um obelisco no meio dele com uma estátua dourada de anjo em cima. Mas como era inverno a paisagem tava meio morta, sem folhas nas árvores e coisas assim. Depois fomos até a estação de trem tentar fazer a reserva para voltar pra casa. Novamente a mulher não falava inglês, mas essa foi mais brava e a gente não conseguiu fazer a reserva. Acabou que o trem que a gente pegou não precisou de reserva pra voltar pra casa. À noite já a gente foi ver o muro de Berlim, ou o que sobrou dele. É um dos muros que ficam do lado do rio e tem um monte de pinturas nele. Aparentemente tem um concurso a cada 10 anos pra escolher quem que vai pintá-lo.
Muro de Berlim
No dia seguinte o Guegs foi embora e a gente foi fazer um Free Tour. O Freetour funciona assim: tem um guia que mostra os principais pontos turísticos da cidade e explica a história. No final você fica livre pra dar o quanto você quiser. Passamos pelo Reichstag (parlamento), pelo portão de Brandemburgo, o lugar onde ficava o bunker do Hitler, um memorial do holocausto, o Check Point Charlie (uma das bases americanas que controlavam a passagem entre as duas Berlim, até chegar na lha dos Museus, onde tem uns 5 museus, além do Berliner Dom.
Galera no Free Tour
Na quinta, cansados, a gente voltou pra casa. Depois de umas 14 horas de trem a gente chegou em Lyon. Detalhe pro sanduíche: a gente resolveu fazer sanduíches pra levar e comer durante a viagem de volta. Mas como tava tudo em alemão a maionose que a gente comprou tinha um gosto bizarro, meio picante, sei lá. E a gente só descobriu depois que tinha passado tudo nos pães. Tivemos que comer desse jeito mesmo.

Berliner Dom

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